Há um ano a dona de casa Marlene Barranco Gomes, 69 anos, e seu marido, o aposentado Sidnei Gomes, 71 anos, sofrem com com agravamento de problemas na visão e buscam por tratamento na rede pública da saúde, mas, afirmam que, até o momento, não foram atendidos. “Nossa visão têm piorado a cada dia”, diz a leitora.

O casal explica que passou por diversas unidades de saúde, sendo cinco vezes no Hospital Cema, pois foram informados que haveria um convênio entre o governo do estado e o hospital. Inclusive, no dia 4 de fevereiro, diz a leitora, uma funcionária do Hospital Cema disse que o tratamento necessário era realizado no local, mas que não estava mais sendo feito porque a Secretaria de Estado da Saúde havia cortado a verba.

O procedimento seria uma injeção intravítrea (dentro do olho), que, segundo o casal, custaria R$ 4.000 cada aplicação.

Cansados de aguardar pelo apoio do poder público, o casal conta que pagou por uma consulta e exames particulares que confirmaram os diagnósticos.

Marlene tem uma espécie de membrana que incha os olhos. “Apenas tenho visão lateral. Na visão frontal vejo apenas vultos”, diz. “É desesperador a gente perder a visão e não ter o que fazer”, afirma.

“Já ao meu marido, o médico disse que ele está com sangue no fundo dos olhos, o que seria corrigido com a aplicação de uma injeção parecida. Pelo que foi explicado, o tratamento dele sairia mais em conta, mas mesmo assim não temos condições de arcar.”

Hospital avalia incluir casal em projeto

O Hospital Cema informa que a injeção intravítrea não consta na tabela SUS e que a sua aplicação não está incluída no convênio com a Secretaria Estadual de Saúde. O estado afirma que o pagamento de convênios firmados com o Hospital Cema está em dia.

A nota do Hospital Cema comunica ainda que há um projeto via Secretaria Municipal de Saúde para injeções intravítreas e, embora o recurso abranja apenas pacientes já em tratamento, para tentar solucionar o caso, avaliará o casal nesta quinta-feira (18).