O aposentado Jorge de Melo, 63 anos, morador do Conjunto Prestes Maia (zona leste), relata dificuldades para conseguir atendimento médico para a esposa, que possui problemas nos joelhos, no Hospital do Servidor Público de São Paulo.

Ele conta que a mulher tem artrose nos dois joelhos, que estão sem as cartilagens, e sente muitas dores. Ela precisa ser atendida no grupo de joelhos na ortopedia da unidade.

“O mesmo parou o atendimento devido à pandemia”, diz ele, que afirma que ela também precisa passar por uma cirurgia, mas que o procedimento já foi cancelado duas vezes — uma por falta de prótese e outra por causa da pandemia.

O acompanhamento no grupo é essencial para a paciente, que se sente melhor quando passa pelos procedimentos feitos pela equipe médica. Ela não passa pelos atendimentos desde 2020.

“Mesmo depois de passar o período mais grave da pandemia, estão dificultando. Assim, como marcar uma consulta com um bucomaxilofacial [médico especialista no tratamento cirúrgico de patologias na região da boca]”, conta.

Melo afirma que há dificuldades ao tentar fazer o agendamento dos retornos. “Ela precisa urgente e nunca tem vaga ou nunca está aberto o agendamento. É impressionante, fazem de tudo para que o usuário desista “, relata.

O atendimento ao servidor público é feito por meio do Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual). “Nós pagamos há 40 anos e quando precisamos é isso, somos sempre atendidos com pouco caso”, afirma.

Iamspe marca procedimentos

O Iamspe informa que os procedimentos mencionados pelo leitor foram agendados e a paciente foi notificada. O leitor confirmou que o instituto entrou em contato e fez a marcação das consultas da esposa para o início de novembro.

A expectativa do aposentado é que com o retorno ao atendimento, a cirurgia da mulher possa ser finalmente agendada. “Gostaria de agradecer muito a ajuda da equipe do Agora. Sem vocês, nós estaríamos perdidos”, afirmou.