Desinformação do INSS causa prejuízo ao trabalhador
Segurado deve procurar informações sobre o emaranhado de mudanças que ocorrem na Previdência
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Na última edição do Agora São Paulo, jornal no qual colaboro com esta coluna semanal por quase três anos, deixo o registro aos leitores da necessidade de sempre procurar se informar sobre o emaranhado de mudanças que ocorrem no âmbito do INSS. E que, por vezes, terminam gerando frustrações, negativas indevidas de direito ou mesmo concessão de benefício com valor aquém do devido.
A má estruturação administrativa do instituto, com poucos funcionários para demandas sociais intermináveis, justifica que nem sempre o pedido de determinado direito seja avaliado com a sobriedade recomendada.
Aliado ao fato de termos um sistema de Previdência Social com regras complexas que mudam com certa frequência, o segurado – que não tem o grau de informação necessária – pode receber um benefício que não reflita o histórico de contribuições que amealhou ao longo dos anos e sofrer, assim, prejuízo financeiro vitalício, se não reclamar uma correção dentro do prazo de dez anos.
O Agora São Paulo cumpriu, por anos, a importante função social de informar exaustivamente os direitos básicos, as possibilidades revisionais e as dicas valiosas de como melhorar a renda, o que reflete, por sua vez, na dignidade e no financeiro da família de cada leitor. Tudo isso com uma linguagem simples, objetiva e palatável.
É imensurável a quantidade de pessoas que tiveram suas vidas melhoradas em razão de matérias que alertavam para os erros cometidos nas agências. Embora o jornal finalize esta missão, a sua trajetória deve ser enaltecida para lembrar que o serviço público prestado pelo INSS falha, muitas vezes, naquilo que deveria fazer bem: prestar dados claros e seguros ao segurado, de modo a refletir no melhor exercício do seu direito.
O jornal, muitas vezes, dava a informação que não se obtinha no INSS. Infelizmente, nem sempre as informações transmitidas nos canais de comunicação da autarquia refletem a real ou melhor situação jurídica. Não é por outra razão que o instituto responde por cerca de metade dos processos da Justiça Federal e parte deste acervo em razão de leitores que descobriram seus direitos nas páginas deste jornal, impresso ou online.
A todos estes que nos acompanharam e também à equipe de jornalistas, fica o meu agradecimento. E um até mais.