Big brother da polícia
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O número de mortos pela polícia cresce assustadoramente no país. Só em 2017 foram 5.159 pessoas _quatro anos antes era menos da metade disso: 2.212.
O outro lado também impressiona: nada menos que 367 policiais foram assassinados no ano retrasado.
No estado de São Paulo não é diferente. Em 2018, foram 851 mortos pela polícia e 60 agentes assassinados.
Com tanta violência, a PM paulista anunciou que câmeras de vídeo farão parte do uniforme de policiais militares, assim como acontece nos Estados Unidos.
A iniciativa para aumentar a transparência e reduzir a violência nas ações policiais ainda está no começo: o “big brother” da PM será testado em quatro batalhões na capital e dois no interior. Só a Grande São Paulo, por exemplo, conta com 51 batalhões.
Ninguém duvida que um agente deva reagir na mesma proporção quando é atacado por bandidos. Ele precisa, antes de tudo, defender a própria vida, as dos companheiros e as dos cidadãos.
É claro que nada impede que um PM mal-intencionado desligue o equipamento quando estiver fazendo coisa errada. Alguns maus policiais já têm como hábito retirar a identificação da farda em determinadas situações.
Mas esses, claro, serão exceção: a maioria terá interesse em registrar as imagens de operações legítimas. Assim será possível destacar melhor quem cumpre a lei e quem se esconde atrás do uniforme para cometer crimes.
Passada a fase de testes, o importante é que as câmeras estejam logo nas fardas de todos os PMs em ação nas ruas _principalmente nos batalhões mais associados à violência policial, como a Rota.