Trios elétricos com bandas gospel embalaram a 27ª Marcha para Jesus em São Paulo, o maior encontro evangélico do Brasil, que, segundo os organizadores, reuniu cerca de 3 milhões de fiéis ao longo desta quinta-feira (20), feriado de Corpus Christi, na região de Santana (zona norte de São Paulo).

Mas a tradicional marcha pelas ruas da capital começou da estação da Luz (centro), por volta das 10h, em direção à praça Heróis da Força Expedicionária Brasileira, próxima ao Campo de Marte, em Santana. Durante o trajeto, teve até orações para policiais, em frente à sede da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar).

O percurso de 3,5 quilômetros não foi novidade para a advogada Carla Araújo, 50 anos, moradora do bairro Saúde (zona sul), que completa 27 anos interruptos de marcha neste ano.

Para Carla, marchar em nome de Jesus significa agradecer. “É um privilégio ter uma família unida, diante de tantas crises”, afirma, ao lado da filha Fernanda, 13, e do marido Marco, 53.

Nas solas de cada pé, um papel em forma de palmilha trazia escrito no direito os agradecimentos; no esquerdo, os pedidos de oração, segundo Carla confidencia uma tradição.
De olhos fechados à beira da grade, a dona de casa Aparecida Sabino, 58, pediu por um milagre. “Tendo fé, logo acontece”, afirma.

Piquenique

A Marcha para Jesus não é só sinônimo de agradecimentos, mas também de comilança. Que o diga os fiéis da igreja Ministério Amor de Jesus, nas proximidades da represa de Guarapiranga (zona sul).

Com tradição de 18 anos, ao término da caminhada um mega piquenique é montado nas proximidades do palco de shows.

Em cima da toalha de mesa sobre a grama, pães de forma com patês; tortas, bolos e refrigerantes.
Entre os quitutes mais disputados, o “bolinho de vó” da auxiliar de enfermagem Ivone de Souza Rodrigues, 56 anos.