Descrição de chapéu Zona Leste

Crescem reclamações sobre manutenção de parques em SP

Queixas encaminhadas ao Portal 156 da prefeitura disparam no primeiro semestre

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São Paulo

O número de reclamações sobre a situação dos parques municipais feitas no Portal 156 da Prefeitura de São Paulo, gestão Bruno Covas (PSDB), no primeiro semestre deste ano, é quatro vezes o que foi registrado no mesmo período do ano passado.

Segundo dados da própria administração municipal, as queixas subiram de 231 para 877 no período, o que representa um aumento de 279,7%.

Pelo Portal 156 é possível fazer quatro tipos de queixas sobre a situação dos parques. Duas delas representam quase todas as reclamações feitas no período: manutenção e limpeza (432) e poda ou remoção de árvores ou vegetação (393).

As outras duas reclamação possíveis são má conduta de funcionários de parques e denúncia sobre mau uso por usuários.

Os dados do Portal 156 também mostram que todos os 877 pedidos feitos no primeiro semestre de 2019 constavam como “aguardando atendimento”. O status da solicitação pode indicar que, até então, as solicitações não tinham sido atendidas pelas equipes de manutenção dos parques. 

Ou seja, os pedidos de manutenção e limpeza feitos ao longo dos seis primeiros meses do ano ainda não tinham sido atendidos pelo menos até o fechamento do primeiro semestre.

Por meio dos dados do Portal 156 também foi possível separar as reclamações por subprefeitura de São Paulo. Os parques de Itaquera, na zona leste, lideram o ranking com 76 reclamações no primeiro semestre.

A reportagem esteve nesta sexta-feira (9) nos parques do Carmo e Raul Seixas, ambos na região de Itaquera, e constatou alguns dos problemas relatados ao Portal 156.

O crescimento das reclamações sobre a situação dos parques municipais de São Paulo coincide com a proposta da gestão Covas de passar essas áreas para a administração de iniciativa privada.

Queixas

Frequentadores dos parques Raul Seixas e do Carmo, em Itaquera, reclamam da falta de segurança e da situação dos banheiros.

No parque do Carmo, o técnico Guilherme Libralino, 29 anos, ressaltou a falta de iluminação do local. “A partir das 17h já não é mais possível andar por aqui, fica bem escuro e perigoso, não é uma boa ideia”.

A reportagem também observou bancos sem encosto, banheiros interditados e churrasqueiras com aspecto abandonado, cercadas por lama e com fezes de pombos.

Já no parque Raul Seixas, que está com metade da área interditada desde novembro de 2018 para reformas, usuários reclamam principalmente sobre a falta de cuidado com a vegetação, a falta de segurança e os banheiros quebrados. 

“Antes o parque era muito diferente, as pessoas vinham passear com a família, era lotado. Mas nos últimos anos, e com essa obra, ele está cada vez mais vazio e abandonado, o mato fica meses sem ser cortado, os banheiros estão quebrados e sem divisórias, a água sai dos bebedouros com muito cloro”, disse uma estudante de 17 anos.

Resposta

A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, da gestão Bruno Covas (PSDB), disse que “lamentavelmente”, os atos de vandalismo são observados nos parques, “apesar da vigilância e do trabalho de orientação que é feito pelos funcionários”.

Segundo a secretaria, os serviços de roçagem no parque Raul Seixas serão retomados. Já no parque do Carmo disse que estão sendo feitas reformas em bancos e que vai verificar a área das churrasqueiras.

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