Garoto diz que brincou com menina de 9 anos antes de matá-la, afirma polícia
Crime ocorreu domingo na zona norte de SP; adolescente de 12 anos foi apreendido
Conteúdo restrito a assinantes e cadastrados
Você atingiu o limite de
5 reportagens
5 reportagens
por mês.
Tenha acesso ilimitado: Assine ou Já é assinante? Faça login
Um adolescente de 12 anos, internado provisoriamente desde a madrugada desta terça-feira (1) em uma unidade da Fundação Casa, admitiu ter matado a menina Raíssa Eloá Capareli Dadona, 9 anos, domingo (29), segundo a polícia.
A criança estava à tarde com sua mãe em uma festa no CEU (Centro de Educação Unificada) Anhanguera, na região de Perus (zona norte), quando desapareceu. Seu corpo foi encontrado cerca de uma hora depois amarrado em uma árvore no parque Anhanguera.
Em depoimento, segundo a polícia, o menor afirmou que brincou com a menina antes de matá-la.
Raíssa ficou na fila do pula-pula enquanto a mãe pegava pipoca. Foi neste momento que ela desapareceu. Conforme a polícia, o garoto que confessou o assassinato estava com a menina neste instante.
Segundo o delegado Luiz Eduardo Marturano, o menor afirmou que foi caminhando com a vítima do CEU até o parque --a distância entre as portarias dos dois locais, a pé, é de cerca de 3,5 km. Imagens de uma câmera de segurança mostraram os dois de mãos dadas na estrada de Perus.
No parque, segundo Marturano, após brincar com a menina, ele a agrediu com socos no rosto.
"Depois ele disse que a empurrou para uma árvore, a amarrou [na região do pescoço] e a agrediu novamente", afirmou o delegado.
Marturano disse que a menina estava consciente quando foi amarrada com um tipo de fio. E que voltou a ser espancada, desta vez com um pedaço de madeira. O objeto, no entanto, não foi localizado.
A cerca de 50 metros dali, a polícia achou um par de chinelos e um pano.
A investigação não sabe o que motivou o crime, apesar de o adolescente ter sido ouvido pela polícia no domingo e na segunda-feira.
O garoto chegou a citar três versões em seus depoimentos. Na primeira, disse que apenas havia encontrado o corpo. Em outra, que um homem de bicicleta teria matado a menina.
Nesta terça, ele e seu pai foram ouvidos por cerca de cinco horas no Fórum das Varas Especiais da Infância e da Juventude.
O menor começou a ser ouvido por uma promotora de Justiça da Infância e Juventude às 13h30. Em seguida, ficou isolado enquanto aguardava para ser ouvido por um juiz da Vara da Infância e Juventude.
O delegado Luiz Eduardo Marturano afirmou que ficou "mexido", ou seja, se emocionou ao ouvir o garoto. "É uma tragédia para a família da menina, uma criança especial [ela tem autismo], e para a do menor."