Casas em bairro da zona oeste de SP têm escorpiões e cobras
Animais surgem por conta de um terreno sujo da Prefeitura de São Paulo no Butantã
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O entulho e o mato alto em um terreno da Prefeitura de São Paulo têm gerado problemas para os moradores do Jardim Esmeralda, bairro da região do Butantã (zona oeste). Cobras, escorpiões, ratos, baratas e pernilongos já apareceram dentro das casas da redondeza. Até um gambá foi visto em um telhado da região.
Segundo os moradores, apesar de ligarem constantemente para o poder municipal solicitando a limpeza do local, o terreno estava há cerca de dois meses sem receber serviços de zeladoria.
"O terreno está largado", conta a auxiliar de classe Andreia Novaes, 37 anos. Com o rápido crescimento do mato em épocas de chuva e calor, a moradora diz que há riscos na segurança para quem circula na região.
Aparecida Novaes, 60, já achou escorpião no guarda-roupa, outro na cozinha e mais um no quintal.
O motorista Fábio Carvalho, 41 anos, não abre a janela da cozinha que fica em frente ao terreno por medo dos bichos entrarem. Ele já encontrou um escorpião na casa. Para amenizar a situação, Carvalho adotou um gato para caçar ratos e costuma deixar o ventilador ligado para afastar mosquitos. Por isso, a conta de energia elétrica foi impactada.
O terreno é cortado por um córrego. Segundo os moradores, a sujeira e a altura do mato escondem o esgoto a céu aberto que passa pelo local e corre próximo às casas vizinhas.
O líder comunitário Claudio Freitas, 47, conta que o espaço está ocioso há anos. Além de solicitações de limpeza do espaço, ele afirma que o terreno já foi sugerido em diversas reuniões locais para receber uma unidade de saúde, por exemplo, mas nada aconteceu.
Resposta
Em nota, a Subprefeitura do Butantã confirmou que o terreno é municipal. Segundo o órgão, o local receberá vistoria da Covisa (Coordenadoria de Vigilância em Saúde) nos próximos dias e, desde a última quarta-feira (29), serviços de zeladorias têm sido feitos no espaço.
O governo municipal negou a existência de esgoto a céu aberto. Questionada, a prefeitura não informou quando a situação será totalmente resolvida.
A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) diz que é responsável apenas por uma faixa do local, "por onde passa uma adutora para abastecimento público" e que realizou vistoria na tarde de terça-feira (28) e "não identificou problemas".