Bombeiro bêbado bate em carro estacionado e bebê de sete dias morre no interior de SP
Mãe se abrigou no veículo da família para amamentar a filha durante queima de fogos do Réveillon
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Um bombeiro bêbado bateu em um carro estacionado matando um bebê de sete dias, na madrugada desta quarta (1º), em Itatiba (84 km de SP). Ele foi preso em flagrante por embriaguez ao volante, mas foi solto nesta quarta-feira (1º) após audiência de custódia.
Segundo a polícia, o bombeiro, que é cabo na corporação, perdeu o controle do seu carro, um Citroën C3, após bater no retrovisor de um veículo parado na rua, desviar e atingir um Chevrolet Celta estacionado do lado oposto da via.
Dentro do carro estavam a dona de casa Gerlaine Sodré de Jesus, 27 anos, com duas filhas, Viviane Sodré da Silva, de sete dias, e outra de 3 anos. A bebê bateu a cabeça com força no volante e a mãe a irmã também ficaram feridas.
Segundo o pai da recém-nascida, o jardineiro Juliano Xavier da Silva, 32 anos, a família passava o Réveillon na casa de um parente e todos estavam na rua para ver a queima de fogos. Por causa do barulho, Gerlaine entrou no carro da família, que estava estacionado na rua, com as filhas e aproveitou para amamentar a bebê.
"Logo depois que ela entrou [no veículo], veio o carro em alta velocidade e bateu roda com roda, jogando o meu carro na calçada", afirmou Silva.
Gerlaine e as duas crianças foram encaminhadas à Santa Casa da cidade. A recém-nascida foi submetida a uma cirurgia na cabeça. Porém, morreu por volta das 14h30 desta quarta-feira (1º). A mãe e a outra criança passam bem, segundo a família.
O bombeiro foi detido por pessoas que estavam na rua, até a chegada da PM. Ele foi preso em flagrante por embriaguez ao volante e também responderá por lesão corporal culposa (sem intenção). Segundo o boletim de ocorrência, o policial apresentava sinais de embriaguez, como dificuldade de equilíbrio e odor etílico.
A causa da morte da recém-nascida, segundo o pai, foi traumatismo craniano. Além de Viviane e da menina de três anos, o casal tem um garoto de 7 anos e uma adolescente de 12.
Resposta
Segundo assessoria de imprensa da Polícia Militar, sob gestão João Doria (PSDB), a corporação aguarda a investigação da Polícia Civil e a acusação do Ministério Público para avaliar se o bombeiro será punido administrativamente. A assessoria ainda informou que o militar passou nesta quarta (1) por audiência de custódia e foi solto. Ele responderá em liberdade. A defesa do bombeiro não foi localizada nesta quarta pela reportagem