Veja os sambas-enredo da primeira noite de desfiles de São Paulo
Escolas de samba paulistanas entram no Sambódromo do Anhembi nesta sexta-feira
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Os desfiles do Grupo Especial do Carnaval de São Paulo começam nesta sexta-feira (21), no Sambódromo do Anhembi (zona norte da capital paulista).
A Barroca Zona Sul é a primeira escola a desfilar, às 23h15. A atual campeã Mancha Verde será a quarta a se apresentar.
O segundo dia de desfiles começa na noite deste sábado (22). A campeã do Carnaval 2020 de São Paulo será conhecida na terça-feira (25).
Veja a ordem dos desfiles desta sexta e madrugada de sábado e os sambas-enredo para cantar com as escolas no sambódromo:
23h15 – Barroca Zona Sul
Enredo: "Benguela.. A Barroca clama a ti, Tereza!"
Compositores: Sukata, Morganti, Jairo Roizen, André Valêncio, Tubino Meiners, Pixulé, Marcos Thiago, Acerola de Angola e Emerson Franco (In memoriam)
No caminho do amanhã... Obatalá
É a luz que vem do céu... clareia
Vem de Benguela o clamor de liberdade
Barroca pede tolerância e igualdade
Axé, Tereza
Divina alteza, meu tambor foi te chamar
Sua luz nessa Avenida
Incorpora a chama yabá
Da magia irmanada por Odé
Não sucumbe a fé, traz a luta de Angola
E a corrente arrastou pro sofrimento
Um sentimento, valentia quilombola
Reluz o ouro que brota em seu chão
Desperta ambição, mas há de raiar o dia,
Do Guaporé ser voz de preservação
Em plena floresta... auê auê
Resistência na aldeia... Quariterê
Na mata, sou mestiço, guardião
O meu grito de guerra é por libertação
O nosso canto não é apenas um lamento
A coragem vem da alma de quem ergueu o parlamento
Do castigo na senzala à miséria da favela
O povo não se cala, óh Tereza de Benguela
Vem plantar a paz por essa terra
A emoção que se liberta
E a pele negra faz a gente refletir
Nossa força, nossa luta
De tantas Terezas por aí
0h20 –Tom Maior
Enredo: "É coisa de preto"
Compositores: Gui Cruz, Rafael Falanga, Vitor Gabriel, Portuga, Imperial, Elias Aracati, Luciano Rosa, Reinaldo Marques, Marçal e Willian Tadeu
Brasil, não vim pra ser escravo nem servil
Sou filho dessa pátria mãe gentil
Que traz a esperança no olhar
Oh, meu país... que tanto sustentei em meus braços
Espelha tua grandeza num abraço
Revela o meu dom de encantar
Não é esmola teu reconhecimento
O meu talento é mais que samba e Carnaval
Na luz da ribalta,
Retinta beleza se fez imortal
A negra inspiração... é poesia
A arte de criar... é quem me guia
Floresce de um baobá
Um pensamento de amor
Herança que a mordaça não calou
Se a vida deixou cicatrizes
Ideais são raízes do meu jeito de viver
Faço da minha negritude
Um legado de atitude, inspiração pra vencer
Lutar... é preciso lutar por igualdade
Liberdade... fazer da resistência uma nova verdade
Soprando a poeira da história
A nobreza em meus olhos brilhou
É o dia da nossa vitória
Conquistada sem favor
Um guerreiro da cor
Herdeiro de Palmares
Sou Tom Maior, a voz da liberdade
A minha força pra calar o preconceito
É coisa de pele, é coisa de preto
1h25 – Dragões da Real
Enredo: "A revolução do riso: A arte de subverter o mundo pelo divino poder da alegria"
Compositores: Aquiles da Vila, Rapha Sp, Marcus Boldrini, Leandro Flecha, Ítalo Pires e Salgado Luz
É só abrir seu coração
Deixa falar a emoção
"Qua qua ra qua qua", deixa as mágoas pra lá
"Qua qua ra qua qua", vamos juntos buscar!
Deus sorriu pra mim
De alma lavada eu vou
A Dragões me fez assim
Criança Real eu sou
Solte a voz e vamos rir de nós
Poder brincar, sonhar...
Todos juntos desatar os nós
A festa não tem hora pra acabar
Vem comigo gargalhar
Eu não quero mais sofrer
Dessa vida eu vou levar
Aquilo que eu viver
A receita da alegria
É caminhar contra o vento
Nos momentos de agonia
Ser amigo do tempo
Afaste a dor
Vista a sua fantasia
Viva o jogo do amor
A cura de cada dia
2h30 –Mancha Verde
Enredo: "Pai! Perdoai, eles não sabem o que fazem"
Compositores: Marcelo Casa Nossa, Guilherme Cruz, Rodrigo Minuetto, Rodolfo Minuetto e Darlan Alves
Oh, senhor! Benditos os que rogam o perdão
Derrame sobre nós a Tua glória
Verás que a dor não foi em vão
No céu, uma linda estrela brilhou
Reluz o Salvador
Eu choro ao ver que o pecado me consome
Sou as duas faces desse homem
Que há de vencer o mal
É preciso lutar, exaltando Penhas e Marias
Que clamam por direitos, igualdade
Essa é a Tua vontade
Em nome do Pai, amém
Justiça e paz aos homens de bem
Deus não criou raça e nos ensinou
Aos olhos não existe cor
Quero me deitar em verdes campos
Ver a natureza florescer
Não ter a maldade como herança
Fazer valer cada amanhecer
É hora de darmos as mãos,
Cumprir a nossa missão
Perdoe se algo te fiz, me abraça e vem ser feliz
Nunca perca a esperança
Sempre é tempo de sonhar
A vida é um sopro divino a se revelar
Só o amor pode curar o mundo
No altar do Carnaval, canto em oração
A Mancha é a voz dos filhos Teus
Olhai por nós, meu Deus
3h25 – Acadêmicos do Tatuapé
Enredo: "O Ponteio da viola encanta… Sou fruto dessa terra, raiz desse chão… canto Atibaia do meu coração"
Compositores: Turko, Zé Paulo Sierra, Maradona, Silas Augusto, Rafa do Cavaco, Luis Jorge, Léo Reis, Fabiano Sorriso, Márcio André, Daniel Kattar e Bello
Ê viola! Inspiração da minha alma sertaneja
Ê viola! O meu paraíso abriu a porteira
O galo canta anuncia um novo dia
Relicário de beleza, doce água cristalina
É sagrado esse chão...
No suor da enxada eu cresci de grão em grão
Lá vem o trêm... lá vai fumaça
O meu folclore é herança popular
Senhora do Rosário me alumia
Salve as águas de Oxalá
Lê lê lê lê lê á... vem pro nosso arraiá
Tem fogueira, quentão viva meu São João
Puxe o fole sanfoneiro pra viola chorar
O balão vai subindo pro céu enfeitar
Sou eu... filho da terra onde mora a poesia
Um violeiro que seguiu em romaria
Oh mãe querida peço tua proteção
Trago no peito essa tradição
E o orgulho de viver nesse lugar... (Meu lugar)
Num "templo" de paz e amor
Das mãos calejadas a arte brotou
Do alto da pedra, obra divina do meu criador
É carnaval...
Sinto perfume das flores
Um doce sabor no meu paladar
É Atibaia... nos braços do povo a cantar
Ponteia viola... bate o meu coração
Sou fruto da terra, raiz desse chão
Tatuapé... comunidade guerreira
Levanta sacode a poeira
4h40 —Império de Casa Verde
Enredo: “Marhaba Lubnãn”
Compositores: Marcelo Casa Nossa, Carlos Jr, Gui Cruz, Armênio Poesia, Darlan Alves, Fredy Vianna, Rodrigo Minuetto, Rodolfo Minuetto e Xandinho Nocera
Vem das mãos do criador
O cedro que a história preservou
Guardiões da terra prometida
Revelam magias, o sopro da vida
Nação milenar, o sol não se esconde
Guerreiros ao mar, além do horizonte
Seguem ao toque do vento
As dobras do tempo na imensidão
Das divindades, a fé e a proteção
Tantas emoções ao lutar
Pra te defender, por te amar
Se a lágrima rolar, faz parte da missão
A força de uma nação
Herança que ao mundo seduzia
A brisa se espalhava pelo ar
Das cinzas, uma lenda renascia
O sonho para imortalizar
Oh, meu Brasil!
Hoje sua alma é libanesa
Um elo de amor que não desfaz
Meu Tigre guerreiro num canto de paz
Tá escrito nas estrelas
Que Deus é por nós
A Casa Verde é a nossa voz
Eu sou Império, mais um filho desse chão
São duas bandeiras, um só coração
5h45 — X-9 Paulistana
Enredo: "Batuques Para um Rei Coroado"
Compositores: André Diniz, Cláudio Russo, Marcio André Filho, Arlindinho, Marcelo Valência e Pê Santana
Quando um toque ritmado toca o destino
Cada passo mostra o que passou
Sou um contador e conto a dor de um peregrino...
Um som divino me enfeitiçou
Vi os Ibejis beijarem a sorte,
A morte singrar o oceano
Mudaram os ares, os mesmos olhares,
Ferida no corpo, a alma espelha
Rufam tambores que marcam a pele vermelha...
O som da Marujada,
Na tribo que festeja,
Encanta a batucada,
Começa a peleja
Rito da moça na aldeia, tom que passeia no ar...
É valor de mina longe a ecoar
Arrasta-pé no chão rachado,
Poeira vagueia ao luar do sertão
Brilham forró e xaxado,
Festa do Divino e São João
Gira a saia e abre a roda,
Alegria transborda também na Bahia...
Maracatus, Caboclinhos,
Seguindo o caminho que a fé irradia
No Ticumbí, no Catopês,
Pandeiros, ganzás, xequerês
Dos atabaques do jongo à Folia de Reis...
zona norte desfila e emociona outra vez
Eu sou o samba, rei do povo brasileiro,
Sou o batuque da X-9 nos terreiros
De Ogum, meu padroeiro, e de todos os orixás,
Na pulsação que vem dos ancestrais