Bando aplica golpe do coronavírus em parente de internados
Quadrilha pede dinheiro para exame para família de quem está no hospital
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Estelionatários têm aproveitado a pandemia do coronavírus para aplicar golpes em familiares de pessoas que estão internadas em hospitais. Um dos casos que já chegaram ao conhecimento da Polícia Civil aconteceu em Franca (400 km de SP), no último fim de semana, e é alvo de investigação.
Golpistas do Mato Grosso pediram, por telefone, para que a família de uma pessoa internada na cidade paulista fizesse um depósito de R$ 4.900, dinheiro que seria supostamente usado para a realização de um exame para detectar o coronavírus. Uma hora depois, os bandidos exigiram mais R$ 3.900, para um novo procedimento, o que levantou a suspeita entre os parentes, que então procuraram a polícia.
A modalidade não é nova, mas usa agora a Covid-19 como chamariz. “Se houver o pedido, faça o contato diretamente para o hospital. Nenhum médico liga pedindo dinheiro”, afirma Marcio Murari, delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais). Segundo o policial, o número de telefone de onde partiram as ligações tinha a foto de pessoa vestida como se fosse profissional da saúde.
Murari diz que, muitas vezes, os golpistas aproveitam publicações em redes sociais para chegar até as vítimas. Pedidos de oração para parentes hospitalizados são um convite para que bandidos encontrem o telefone e entrem em contato.
Para combater os golpes, o delegado da DIG de Franca já acionou a Polícia Civil em São Paulo e também em outros estados. "Essa troca de informações será muito importante para chegarmos até os criminosos", afirma Murari.
Por fim, o delegado faz um alerta. "Querer idoneidade e caráter de criminosos é impossível. Estelionatários se aproveitam da fragilidade das pessoas", diz.
Dicas
- Evite fazer postagens públicas em redes sociais indicando que algum familiar está hospitalizado
- Não acredite em pessoas que ligam pedindo dinheiro para a realização de exames ou procedimentos médicos
- Confirme diretamente em telefone conhecido, do próprio hospital, quais as necessidades em relação ao paciente
- Comunique imediatamente a Polícia Civil caso receba ligação suspeita