Descrição de chapéu Zona Sul

PS do Hospital Heliópolis é fechado após dupla invadir emergência e matar paciente a tiros

Valdinei Carlos Ribeiro, 35 anos, havia sido baleado na rua e encaminhado ao local

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São Paulo

O pronto-socorro do Hospital Heliópolis, na zona sul de SP, foi fechado após um paciente ser morto a tiros enquanto era atendido, por volta das 15h30 deste domingo (10).

Valdinei Carlos Ribeiro, 35 anos, foi levado à unidade de saúde pois havia sido baleado, na madrugada de domingo, na avenida Almirante Delamare, no Sacomã (zona sul de SP).

Segundo a polícia, um suspeito entrou no hospital, atirou contra Ribeiro e fugiu com a ajuda de um comparsa, que o esperava em um moto, na saída do pronto-socorro. O paciente ainda passou por uma cirurgia, mas não resistiu. Ainda segundo a polícia, a vítima foi morta com ao menos 25 tiros.  

Aviso na entrada do pronto-socorro do Hospital Heliópolis, na zona sul de SP, informa que unidade está fechada em razão de tiroteio. Criminosos invadiram o local na tarde de domingo (8) e balearam paciente que era atendido. - Rivaldo Gomes/Folhapress

Após o incidente, o pronto-socorro do hospital foi fechado. O Agora esteve no local nesta segunda-feira (9), por volta das 12h30, e o funcionamento ainda não havia sido retomado. Um aviso na entrada do PS informava que a unidade estava fechada por causa do tiroteio. Funcionários orientavam quem chegava a buscar outros hospitais.

O comerciante Paulo Nascimento, 63 anos, procurava atendimento para o filho de 19 anos que estava com crise respiratória. “Falaram que não tem atendimento, sem previsão de ser retomado. Agora vou ter que correr com meu menino para outro hospital.”

A aposentada Benedita Dela Mar, 76 anos, também encontrou a unidade fechada. Ela foi ao pronto-socorro porque sofreu uma queda na rua estava sentindo dores no peito. “Ninguém sabe explicar nada aqui [hospital]. Isso aqui é uma terra de ninguém”, reclamou.

Enquanto a reportagem entrevistava a aposentada, uma ambulância chegou ao local com um paciente, de 41 anos. O homem, que pediu para não ter o nome publicado, afirmou que está com dores, por causa de uma apendicite, desde sexta-feira (6). “Estou com uma cirurgia marcada para hoje [segunda]”, explicou.

Ele permaneceu na ambulância por cerca de 50 minutos até que autorizaram a sua internação.“Isso só aconteceu porque ele tinha já um encaminhamento”, disse o socorrista da ambulância.

O Agora permaneceu em frente ao pronto-socorro por cerca de uma hora. Neste período, sete pacientes chegaram ao local buscando atendimento, mas foram dispensados.

O crime

Segundo a polícia, a PM foi acionada para atender uma ocorrência de disparo de arma de fogo na avenida Almirante Delamare, na madrugada de domingo. Chegando ao local, encontraram Ribeiro caído no chão com diversas marcas de tiro. Ele foi levado pelo Resgate até o pronto-socorro do hospital Heliópolis, onde foi socorrido e internado. Segundo a polícia, ele estava consciente.

Por volta das 15h30, segundo o Agora apurou, um suspeito entraram no hospital, foi até a emergência e atirou contra Ribeiro. Em seguida, ele fugiu com a ajuda do outro criminoso.

Valdinei Carlos Ribeiro, 35 anos, morreu após ser baleado dentro do hospital Heliópolis, em Sacomã (zona sul da capital paulista), por volta das 15h30 deste domingo (8). A vítima foi levada à unidade de saúde pois havia sido baleada, na madrugada do mesmo dia, na avenida Almirante Delamare, no mesmo bairro. - Arquivo Pessoal

Ribeiro foi submetido a uma cirurgia de urgência, mas não resistiu.

Os dois suspeitos não foram identificados até a publicação desta reportagem. A polícia ainda não sabe a motivação do crime.

O caso foi registrado no 26º DP (Sacomã), mas será investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa).

Resposta

A Secretaria de Estado da Saúde, sob gestão João Doria (PSDB), afirma que nesta segunda-feira (9), organizou o fluxo de atendimento no pronto-socorro para que policiais atuassem no setor, “garantindo também a assistência aos pacientes”, diz trecho de nota.

A pasta acrescentou que casos de urgência e emergência “foram normalmente atendidos”, e os “menos complexos” orientados a procurar outros serviços de saúde da região. “O funcionamento integral [da unidade] será restabelecido tão logo se conclua o trabalho da polícia”, acrescentou a secretaria, destacando que conta com uma equipe de segurança patrimonial no local.

Sobre as câmeras de monitoramento inoperantes, a pasta não explicou os motivos, nem quando consertará os equipamentos.

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