Governo paulista ainda não iniciou envio do 'vale merenda'
Já a prefeitura afirma estar na fase final dos trabalhos de entrega dos cartões pelos Correios para as famílias dos alunos
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Duas semanas após ter anunciado o lançamento do programa Merenda em Casa, o governo de São Paulo, gestão João Doria (PSDB), ainda não iniciou a entrega de vale-alimentação para 700 mil alunos da rede estadual de ensino. O auxílio foi criado para garantir alimentos a estudantes enquanto as escolas estiverem fechadas por causa da pandemia do novo coronavírus.
Ainda não há uma data definida para que o benefício comece a ser pago. A Secretaria Estadual da Educação, entretanto, garante que as famílias receberão o auxílio ainda em abril. A expectativa da pasta é de que o cronograma seja definido nesta quarta-feira (8).
De acordo com as regras definidas pelo estado, cada família incluída no programa receberá R$ 55 por aluno. Serão beneficiados os estudantes que façam parte de famílias que recebem o Bolsa Família ou que estejam em situação de extrema pobreza. A secretaria estima que o investimento será de R$ 40,5 milhões por mês.
Na capital paulista, os alunos da rede municipal em condição de vulnerabilidade também serão beneficiados com o vale merenda. Segundo a prefeitura, gestão Bruno Covas (PSDB), a empresa responsável pelo sistema informou que 79% dos cartões gerados já estão no processo de entrega, pelos Correios. A administração municipal estima que a distribuição seja finalizada ainda nesta semana.
O valor mensal do benefício para os alunos da rede municipal varia conforme o ciclo: para alunos de creches, o auxílio é de R$ 101; para matriculados em EMEIs (Escolas Municipais de Educação Infantil), o benefício é de R$ 63; já os estudantes das EMEFs (Escolas Municipais de Ensino Fundamental) receberão R$ 55. O critério para definição dos beneficiários é o mesmo do estado.
Tanto na rede municipal quanto na estadual, as famílias atendidas receberão o benefício para cada filho matriculado.
Enquanto o vale merenda não é enviado, as famílias têm de se virar para garantir a refeição das crianças. A dona de casa Beatriz Ribeiro da Silva, de 18 anos, tem duas filhas, de 3 e 2 anos. Desempregada, ela aguarda o cartão para poder comprar mais alimentos.
"A minha despesa aumentou com as meninas em casa. Com elas na creche, eu dava só uma mamadeira e o jantar por dia. Agora, são todas as refeições, além de frutas. Está difícil pagar", diz ela, que é moradora do jardim Arpoador (zona oeste).