São Paulo soma 11 mortes de servidores da saúde e 532 afastamentos por Covid-19

Segundo a gestão Covas, outros 3,3 mil foram afastados com síndrome gripal na capital paulista

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São Paulo

Desde o início da pandemia do novo coronavírus, a cidade de São Paulo já contabilizou 11 servidores da saúde mortos em consequência da Covid-19. Os dados foram divulgados nesta semana pela Secretaria Municipal da Saúde, gestão Bruno Covas (PSDB).

Dos 80,8 mil colaboradores da saúde na cidade, 3,8 mil estão afastados, sendo 532 por Covid-19 e outros 3,3 mil com síndrome gripal. A AHM (Autarquia Hospitalar Municipal), que conta com 18,9 mil funcionários, é a área que possui maior número de baixas, com mil afastamentos (775 por síndrome gripal e 223 por Covid-19) e sete óbitos.

Paciente é levado para hospital de campanha montado pela Prefeitura de São Paulo no Pacaembu (zona oeste da capital paulista); servidores reclamam de falta de equipamentos. - Bruno Santos -6.abr.20/Folhapress

O Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo, porém, contesta os dados oficiais e afirma que a cidade soma 16 servidores da saúde mortos pela infecção pelo novo coronavírus.

Um técnico de enfermagem de 36 anos, que trabalha em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) na zona norte, ficou 14 dias afastado do serviço depois que testou positivo para a Covid-19. O profissional, que pediu para ter a identidade mantida sob sigilo, acusa o município de não fornecer condições de trabalho adequada para os servidores da saúde.

"Os equipamentos de proteção disponibilizados são ruins. Temos uma máscara que chega a ser transparente, que não vale para nada. Ontem eu estava de plantão na medicação das pessoas com Covid e não queriam me dar avental nem touca", lembra.

Resposta

Em nota, a Prefeitura de São Paulo diz que está negociando a compra de 13 milhões de máscaras, sendo 12 milhões das do tipo cirúrgico e 1 milhão do tipo N95, que é recomendada para uso prolongado e pode ser reutilizada. Também serão adquiridos aventais impermeáveis.

Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, a rede utilizava 250 mil máscaras por mês antes da pandemia. Agora, são usadas aproximadamente 500 mil por semana. "A prefeitura está recebendo duas remessas de 50 mil máscaras do Banco Chinês e por Xangai, cidade-irmã de São Paulo. A doação incluiu ainda mil macacões, que chegaram na última semana", diz. A pasta também diz ter importado testes para detectar a contaminação.

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