São Paulo tem 855 denúncias de falta de EPI em hospitais e unidades de saúde
A reclamação mais frequente é a falta de máscara de proteção
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A AMB (Associação Médica Brasileira) recebeu 855 denúncias de falta de EPI (Equipamento de Proteção Individual) para evitar o coronavírus em hospitais e demais unidades de saúde do estado de São Paulo. Entre essas queixas, 255 foram registradas por profissionais da capital.
Entre os paulistas, o problema mais comum foi a falta de máscaras, presente em 89% das denúncias (758 casos). Em seguida, no ranking de reclamações, a ausência de óculos e protetores faciais, em 65% da queixas (552). Também não há álcool em gel em boa parte das unidades, segundo 29% das reclamações feitas à AMB por profissionais da saúde.
Na capital, hospitais como o Geral da Vila Nova Cachoeirinha, sob gestão João Doria (PSDB), e Municipal do Tatuapé, sob a gestão Bruno Covas (PSDB).
Presidente da associação, Lincoln Ferreira diz que os problemas são graves, porque médicos e demais trabalhadores da saúde combatem diretamente a Covid-19 e podem transmitir a doença, se contaminados. "Desde o começo, a gente já alertava sobre a necessidade de provimento imediato de EPIs. Tudo isso não só para dar vazão às queixas de quem está na linha de frente, mas para criar um índice claro e objetivo de que tipo de material é necessário e onde está em falta", afirma.
Ferreira diz que os problemas de falta de EPI são generalizados. "Chamou a atenção que as denúncias são da mesma natureza em São Paulo, o estado mais rico da nação, e em outros lugares mais pobres", afirma. "Na crise, tudo o que se fizer antes é exagero e depois, insuficiente."
Gestão Doria nega falta
A Secretaria Estadual da Saúde afirma que não procedem as denúncias de que haveria falta de EPIs nos hospitais Vila Nova Cachoeirinha e Ipiranga, e em nenhum dos serviços estaduais de saúde. "A secretaria já adquiriu mais de 42,2 milhões de unidades de EPIs e outros materiais", diz, em nota. Também afirma que segue protocolos de segurança. A Secretaria Municipal da Saúde não respondeu até a conclusão desta edição.