Conheça sete mães marcantes do cinema
Corajosas, dedicadas, batalhadoras e que guardam grandes segredos, elas estão em clássicos imperdíveis
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São muitas as mães que já foram retratadas no cinema. As corajosas, as sofredoras, as ‘perfeitas’, as batalhadoras, as que rompem preconceitos. Na coluna desta semana, sugiro sete clássicos com mães marcantes para assistir na semana de quarentena que começa.
Fui apresentada a uma delas, Doris Day, a cantora Jo de “O Homem que Sabia Demais”, justamente por minha mãe. Espero que gostem da seleção e que escrevam sugerindo novos títulos para o desafio dos clássicos. Os preços foram pesquisados no dia 8 de maio.
O HOMEM QUE SABIA DEMAIS
Neste sucesso de Alfred Hitchcock, James Stewart e Doris Day são o médico Ben e a cantora Jo McKenna, um casal americano em férias com o filho, Hank, no Marrocos. Eles presenciam um assassinato, e a vítima, antes de morrer, balbucia um segredo no ouvido de Ben. A partir daí, a família se envolve em uma trama de espionagem internacional em que Hank é sequestrado para o pai não contar o que sabe. Com medo de represálias, o casal tenta localizar o cativeiro de Hank sem ajuda da polícia. E embora Ben seja o detentor do segredo, que já confidenciou à mulher, é Jo que mata a principal charada do filme, evitando o assassinato de uma autoridade. Depois, em uma cena memorável, ela canta ao piano a canção “Whatever Will Be, Will Be”, conhecida também como “Que Sera Sera”, a chave para encontrar o cativeiro do filho sequestrado.
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TUDO SOBRE MINHA MÃE
Nesta obra-prima de Pedro Almodóvar, a protagonista é Manuela (Cecilia Roth), enfermeira que vive com o filho jovem, Esteban, em Madri. No dia de seu aniversário, o rapaz pede de presente que Manuela lhe conte sobre seu pai. Ela consente, mas Esteban morre em um acidente. A mãe, então, parte para Barcelona, em busca do pai do garoto. Lá, reencontra uma antiga amiga e faz novas amizades.
Este é um longa essencialmente feminino, como vários de Almodóvar. Ele domina a arte de filmar, com sequências lindíssimas e muitas referências ao cinema. E, ao final, faz uma homenagem a todas as mães, às atrizes e aos homens que viveram mulheres no cinema.
A figura materna, por sinal, está presente em outros dois longas do espanhol: “Volver” e no recente e autobiográfico “Dor e Glória”, ambos com Penélope Cruz. No primeiro, ela é uma mãe que faz de tudo para proteger a filha adolescente. No segundo, interpreta a mãe do cineasta.
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AS PONTES DE MADISON
Após a morte da mãe, seus dois filhos encontram um diário em que ela narra um segredo de décadas: um romance que viveu em 1965, em quatro dias em que marido e filho estiveram viajando. Na ocasião, a mãe, a dona de casa Francesca, conhece um fotógrafo renomado interpretado por Clint Eastwood, também diretor do longa, que vai à pequena Madison, no interior dos EUA, retratar as pontes da cidade. Ao final, Francesca tem de tomar a decisão mais difícil de sua vida em uma cena marcante em meio ao trânsito.
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A ESCOLHA DE SOFIA
“Você não vai me querer como mãe de seus filhos”, diz Sofia ao ser pedida em casamento, no filme de Alan Pakula. Ela é uma sobrevivente de Auschwitz que vive na Nova York do pós-guerra. Lá, ela conheceu Nathan, seu namorado. A história de Sofia é narrada pelo jovem candidato a escritor Stingo. Ele se encanta com o casal, que leva a vida entre festas e brigas. Sofia, interpretada por uma incrível Meryl Streep, se diverte, mas mantém uma melancolia e uma beleza triste. Ela tem um grande segredo, sobre uma escolha que fez em Auschwitz: Sofia é uma mãe dilacerada pelos horrores da guerra.
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ALICE NÃO MORA MAIS AQUI
Em 1974, Martin Scorsese levou às telas a história de Alice (Ellen Burnsky), dona de casa que vive com o marido e o filho na Califórnia. O casamento não é essencialmente feliz, mas quando o marido morre, ela se vê sozinha. Decide voltar à sua cidade natal, Monterrey, terra de boas lembranças da infância, e parte com o filho em uma viagem em busca de emprego. Neste caminho, com pouco dinheiro e morando em hotéis baratos, tenta educar o garoto sozinha, trabalha como cantora e garçonete e lida com abusos de um namorado.
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ALMA EM SUPLÍCIO
Joan Crawford é Mildred Pierce, uma mãe que se desdobra em nome das filhas, no filme do diretor Michael Curtiz. O longa, de 1945, começa com o assassinato do marido de Mildred. Em flashback, ela conta sua trajetória, de dona de casa à proprietária de uma rede de restaurantes. Neste caminho, está em constante atrito com a filha Veda, jovem que despreza as origens da mãe, querendo uma vida de glamour, sem “cheiro de gordura”. Joan venceu o Oscar de melhor atriz em 1946. A filha da atriz disse que, achando que não ganharia, a estrela afirmou estar com pneumonia e faltou à premiação. Mas ao saber pelo rádio que havia vencido, chamou uma coletiva de imprensa em seu quarto.
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ROSA DE ESPERANÇA
Os Miniver são uma família feliz na Inglaterra. O casal Kay e Clem tem três filhos e uma linda casa. Exemplo de 'perfeição', Kay é tão admirada que chega a dar nome a uma rosa. Mas a chegada da Segunda Guerra Mundial muda a rotina familiar. Pai e filho mais velho se unem aos esforços de guerra e Kay fica com as crianças mais novas. Nesses tempos difíceis, ela demonstra calma até quando encontra um piloto alemão em seu jardim. De 1942, o filme foi um enorme sucesso, pois representava o orgulho britânico diante da ameaça nazista. No ano seguinte, faturou seis Oscar, entre eles os prêmios de melhor filme e melhor atriz.
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