Sensação de "zumbi" fica no passado após se recuperar da Covid

Agente de trânsito supera coronavírus em quatro dias internado

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São Paulo

Nemias Lobachi, 53 anos, fez de tudo para curar uma forte crise de sinusite, no início de abril. Com a garganta ruim, diz ter tomado chá por 14 dias, mas nada de melhorar sua saúde. Ele não sabia, porém, que já estava com sintomas da Covid-19.

O agente de trânsito Nemias Lobachi acreditava que estava com sinusite, mas os sintomas não melhoraram e ele descobriu que estava com a Covid-19 - Arquivo pessoal

“Dia 13 a garganta sarou e a cabeça ficou totalmente congestionada, como se 50 carretas estivessem puxando a cabeça para baixo. Dormi a noite e o dia seguinte inteiro. Só queria ficar o tempo todo deitado.”

Depois de passar a quarta-feira (15) sem melhoras, na quinta ele foi ao Hospital Leforte, na Liberdade (zona central de SP). O médico, então, pediu raio-X do tórax e viu uma lesão nos pulmões. Nemias fez em seguida uma tomografia, que confirmou a fibrose.

Enquanto esteve em casa, o agente de trânsito da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), afirma não ter tido febre, mas chegou a perder o apetite e as sensações de paladar e olfato, além de sentir dores fortes no corpo e calafrios.

Em quatro dias internado, ele lembra ter tomado quatro tipos de antibióticos. “O médico ia me liberar no quinto dia, mas os exames que indicam infecção estavam muito altos e ele não me liberou. O doutor disse que o vírus é muito agressivo e eu poderia ter uma síncope respiratória”, conta.

No total, Nemias ficou nove dias no hospital, mas não precisou ir para a UTI nem usar respirador. Já recuperado, ele se recorda da sensação que ficou. “Estava como um zumbi. Não conseguia raciocinar, só ficar deitado. Fazia as coisas de forma mecânica, sem vontade.”

A mulher, Marlene, 58 anos, e a filha, Helena, 28, não pegaram a doença. Por isso, ele acredita que tenha se contaminado em uma viagem que fez com a irmã, Ana, cuja filha e o namorado tinham apresentado sintomas da Covid-19. “Eles acham que pegaram o vírus, mas não chegaram a fazer o teste.”

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