Ônibus da capital paulista só vão transportar passageiros sentados
A partir de segunda (8), veículos passarão direto nos pontos se estiverem com a capacidade cheia para minimizar chance de contágio por Covid-19
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A partir da próxima segunda-feira (8), os ônibus do transporte público da capital paulista deverão transportar apenas passageiros sentados. O objetivo é evitar a aglomeração de pessoas nos coletivos. A orientação é da Prefeitura de São Paulo, gestão Bruno Covas (PSDB).
A medida é uma tentativa de evitar aglomeração no transporte público com o início da flexibilização da economia na capital paulista durante a quarentena do novo coronavírus. Nesta sexta (5), concessionárias de automóveis e escritórios já foram liberados para atender ao público. O mesmo deve acontecer com o comércio de rua e shoppings na próxima semana.
Para que os ônibus rodem apenas com passageiros sentados, a proposta é que os veículos deixem terminais com a capacidade preenchida apenas parcialmente, ou seja, que sobrem lugares para quem entrar pelo caminho. Ou que saiam totalmente vazios e vá parando nos pontos.
Os motoristas, porém, serão orientados a passar direto pelos pontos de ônibus assim que a capacidade for atingida.
Essa capacidade é referente ao número de pessoas que cabem sentadas no ônibus, que vai variar, dependendo do tamanho do veículo. Ônibus comuns, por exemplo, têm capacidade para 40 pessoas sentadas.
Embora por enquanto seja apenas uma recomendação, "existe um acordo com as empresas de ônibus para que as medidas sejam seguidas". "Mas isso vai funcionar se os horários de funcionamento dos estabelecimentos for dividido de forma escalonada, ao longo do dia, diluindo o fluxo de passageiros", afirma o o secretário municipal de Transporte e Mobilidade de São Paulo, Edson Caram.
Pela manhã, o secretário afirmou à TV Globo que a orientação já seria dada para começar neste sábado (6), mas à tardo, ao Agora, afirmou que o limite de passageiros começa na segunda.
"A partir de hoje (sexta), 2.000 ônibus já estão colocados a disposição do sistema. E dentro disso nós temos 600 ônibus nos bolsões perto dos terminais para não ter excesso de demanda e pouca oferta. Também estamos criando barreiras para não permitir que o ônibus saia do terminal sobrecarregado", disse
Isso vai permitir "distribuir, ao longo do percurso, a recolha dos passageiros para eles chegarem aos terminais do Metrô ou da CPTM com o conforto exigido pelo que regra a OMS [Organização Mundial de Saúde]", afirmou .
O secretário ainda destacou que os ônibus têm circulado com 33% dos usuários desde o início da quarentena e a prefeitura manteve 66% da frota circulando. "Os ônibus hoje estão andando de uma forma muito confortável dentro do município", disse.