Motoristas de transporte escolar criticam falta de ajuda financeira
Categoria fez protesto, nesta quarta (1), em São Paulo, e afirma que profissionais passam dificuldades
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Motoristas de veículos de transporte escolar de 45 municípios do estado de São Paulo realizaram um protesto, nesta quarta-feira (1), pedindo apoio para a categoria. Eles saíram de madrugada em carreata pela capital paulista até a Assembleia Legislativa, na zona sul da capital. Depois, à tarde, realizaram uma marcha a pé até a avenida Paulista, com cartazes e bandeiras alertando para a causa.
Sem aulas presenciais nas escolas do estado, os profissionais estão parados desde abril por causa da pandemia do novo coronavírus. O grupo critica a falta de assistência do poder público e pede auxílio financeiro, prorrogação das parcelas dos veículos e isenção de taxas.
O diretor da União Geral do Transporte Escolar de São Paulo, Jorge David (Formiga), explica que “mesmo a van parada gasta diesel, tem que pagar o monitor que tem vínculo, o seguro do veículo. Se as aulas voltarem em setembro como está previsto, precisam lembrar que já estamos no prejuízo há três meses", diz
Segundo ele, "um veículo escolar que transporta 50 crianças vai voltar, pelo próprio protocolo do governo, com uns 8 alunos, um em cada banco para evitar muito contato. E é claro que os pais não vão pagar se não levarmos os filhos deles. E isso daria ainda mais despesa do que ficar totalmente parado. Está difícil, todos temos nossas contas para pagar”.
Os motoristas de vans escolares cobram um auxílio emergencial vindo do governo federal. Em nota, o Ministério da Cidadania afirma que os trabalhadores que se encaixarem nos requisitos podem solicitar o pagamento de R$ 600,00, mas que não há um projeto específico voltado para abranger a questão.
O grupo reclama da dificuldade para conseguir benefícios
Na semana passada, um grupo de representantes da categoria foi recebido pelo vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (DEM). Conforme a UGTESP, a administração estadual se propôs a isentar os motoristas da cobrança da taxa de vistoria e enviar cestas básicas.
Entretanto, disseram ser impossível contribuir com uma ajuda financeira. No Distrito Federal, por exemplo, a gestão Ibaneis Rocha (MDB) anunciou em junho um auxílio emergencial no valor de R$ 1,200,00 durante dois meses para os perueiros.
Em nota, a gestão João Doria (PSDB) disse que está analisando as demandas apresentadas. E que liberou mais de R$ 650 milhões em empréstimos subsidiados para ajudar microempreendedores e empresários. Mas irá reforçar ao governo federal a importância de abrir linhas de financiamento e de ajuda financeira à categoria e fomentar a atividade econômica.
Na capital paulista são 14.500 motoristas escolares responsáveis por transportar 725 mil crianças. Enquanto em todo o território estadual são 45 mil perueiros que levam mais de 2 milhões de estudantes a unidades de ensino. O governo estabeleceu a retomada das aulas presenciais a partir do dia 8 de setembro na rede de ensino paulista.