Polícia investiga se homem preso em Ilhabela participou da morte de estudante em trilha
Autônomo de 37 anos foi preso após tentar beijar à força uma mulher; um PM fez uma foto dele no dia do crime, perto do local do assassinato, em São Sebastião
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A polícia investiga se um homem de 37 anos estaria envolvido no assassinato da estudante Julia Rosenberg Pearson, 21 anos, encontrada enterrada em uma cova rasa na segunda-feira (6), perto de uma trilha em que costumava caminhar, entre a praias de Paúba e Maresias, em São Sebastião (191 km de SP).
O suspeito, que se identificou como autônomo, foi preso em flagrante por importunação sexual, no início da noite de quinta-feira (9), em Ilhabela (198 km de SP). A vítima, uma jovem de 23 anos, afirmou em depoimento que o homem tentou beijá-la à força. A ação foi impedida pelo namorado da moça.
A defesa do autônomo não foi localizada até a publicação desta reportagem.
Após a abordagem à mulher, o casal procurou a Polícia Militar, descrevendo fisicamente o suspeito. Um policial militar mostrou uma foto em seu celular aos namorados, que reconheceram o homem. Instantes depois, o autônomo foi localizado na avenida Princesa Isabel, onde foi detido e levado à delegacia de Ilhabela.
Em depoimento, o PM que conduziu o suspeito afirmou ter abordado o autônomo na terça-feira (7), perto do local onde o corpo de Julia foi achado. Mesmo não encontrando nada que o incriminasse, o policial tirou uma foto dele.
A Polícia Civil de São Sebastião, onde o assassinato de Julia é investigado, solicitou a coleta de material genético do suspeito, para o comparar com o de manchas encontradas nas calças da estudante.
Com o autônomo, a PM ainda encontrou e apreendeu nesta quinta um biquíni roxo, com estampas floridas. O celular dele, também apreendido, passará por perícia. O suspeito foi indiciado em flagrante por importunação sexual, pelo fato de tentar beijar a jovem à força em Ilhabela.
A SSP (Secretaria da Segurança Pública), gestão João Doria (PSDB), afirmou que as investigações "estão em andamento". "Por ora não há novidades ou detalhes que possam ser divulgados, para não prejudicar o trabalho policial", diz trecho de nota.
O caso
O corpo da estudante Julia foi encontrado por volta das 6h50 de segunda-feira (6), em São Sebastião, perto de uma trilha. A jovem havia sido vista pela última vez no início da manhã de domingo, quando saiu para caminhar entre as praias de Paúba e Maresias.
Segundo o boletim de ocorrência, o corpo foi encontrado por por um morador da região e por PMs que faziam buscas pela jovem. Ela estava coberta por folhas, perto de uma antena de transmissão de telefonia móvel. Julia morava na capital paulista, onde estudava medicina veterinária, e foi passar a quarentena em São Sebastião, segundo o Agora apurou.
Ainda de acordo com a polícia, a perícia constatou sinais de estrangulamento. Um pedaço de cinto estava em volta do pescoço da jovem, e um tecido foi encontrado na boca da vítima. Por enquanto, a polícia descarta violência sexual, mas aguarda laudos para confirmação.
Uma faca foi localizada por investigadores jogada no mato, ao lado da antena de telefonia móvel, bem perto do corpo da estudante. O objeto estava com a lâmina, de aproximadamente 12 centímetros, manchada aparentemente com sangue. A polícia investiga se a arma foi usada no assassinato de Julia e aguarda laudos periciais.
O Agora apurou ainda que um chip, da operadora Vivo, também foi localizado por policiais civis, ainda na segunda-feira, na praça do Surf, em Maresias. O local fica na região de onde o celular de Julia emitiu sinal pela última vez. O 2º DP de São Sebastião investiga se o dispositivo encontrado pertencia à jovem.
O par de tênis da jovem, assim como seu celular e uma pochete, desapareceram. Por causa disso, o caso foi registrado como latrocínio (roubo com morte).