A Corregedoria da Polícia Civil investiga uma confusão ocorrida na madrugada deste domingo (13) entre policiais civis e policiais militares, em uma blitz realizada na ponte das Bandeiras, zona norte da capital paulista.

A confusão começou quando um policial civil, dirigindo um HB20 branco, foi parado durante uma fiscalização da lei seca que acontecia no local. Segundo o boletim de ocorrência, o condutor, que se identificou como policial do Denarc (Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico), estava com sinais de embriaguez e se negou a apresentar os documentos e fazer o teste do bafômetro, de acordo com o relatado ao portal UOL.

Pouco tempo depois, um outro veículo, um Cobalt cinza, também dirigido por um policial civil, foi parado pelos PMs. O condutor também apresentava sinais de embriaguez, segundo o boletim de ocorrência, e se negou a apresentar os documentos. Mostrou apenas um cartão de identificação dizendo que o veículo pertencia à Polícia Civil.

A blitz era uma rotina e costuma ocorrer na região, uma das mais movimentadas de São Paulo e com grande concentração de bares e restaurantes nas proximidades. Os policiais civis disseram que voltavam de um churrasco em uma delegacia, mas não disseram qual.

Durante a confusão ocorreram xingamentos e ameaças entre os membros da Polícia Militar, que faziam a operação, e os policiais civis.

Na sequência, outros veículos com policiais civis chegaram ao local, o que aumentou a confusão.

Tempo depois, o condutor do HB20 acabou apresentando a documentação. Porém, a CNH estava vencida desde 2009 e também estava em nome do pai do policial civil, já morto. Ao checarem a documentação do veículo, os PMs verificaram que o HB20 deveria estar em um depósito.

Os ânimos acalmaram depois que um delegado do 72º DP intermediou a situação, já por volta das 5h. A Corregedoria foi acionada e os policiais envolvidos foram encaminhados para o órgão, onde realizaram o teste. Os dois veículos foram apreendidos.

Resposta

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, gestão João Doria (PSDB), os dois policiais civis realizaram exame para constatação alcoólica e ambos deram negativo. Os agentes foram liberados.

Ainda de acordo com a pasta, o "órgão corregedor apura todas as circunstâncias relativas à ocorrência e a conduta dos policiais relacionados na ação".