Conheça a máquina feita com ajuda da Nasa e que mata pernilongos em São Paulo
Equipamento foi colocado na região do rio Pinheiros em 5 de outubro; caso se mostre eficiente, pode ser utilizado em grande escala
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Até o fim de outubro, a Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) testa um equipamento, na região do rio Pinheiros, que tem capacidade para eliminar até 3.000 pernilongos por dia. De acordo com a empresa, a máquina foi desenvolvida com apoio técnico da Nasa (a agência espacial americana) e está no local desde 5 de outubro.
O problema dos pernilongos tem chamado atenção este ano, especialmente na região do rio, apontado como um dos maiores criadouros do mosquito na capital. Moradores da região já fizeram inclusive manifestações e um abaixo-assinado pedindo intervenções da SMS (Secretaria Municipal da Saúde). A pasta afirma que combate os mosquitos em toda a cidade com nebulização, monitoramento e outras ações, mas as reclamações continuam.
A Emae, responsável pelo programa de despoluição do rio Pinheiros, também realiza ações de combate ao pernilongo na área. "Com as infestações que estão acontecendo em São Paulo, pedimos um teste dessa máquina, que é o que está acontecendo", afirma Teresa Lana, assessora da presidência da Emae.
Atualmente, o teste é realizado na Usina São Paulo, próximo à ponte Engenheiro Ari Torres. A máquina tem cerca de um metro de altura e 25 quilos. Ela simula condições do corpo humano e de outros animais que atraem os mosquitos: mantém uma temperatura de 36ºC a 40ºC e emite gás carbônico, como se fosse uma respiração.
Quando chegam perto da máquina, os pernilongos são sugados por um ventilador, que cria um vácuo, e levados para uma tela de eletrocução que os mata --a mesma lógica da raquete.
Segundo Lana, o teste é realizado sem custos. Após esse período, será elaborado um parecer técnico sobre a eficiência e quantos seriam necessários para contemplar os 25 km de extensão do rio, além da viabilidade financeira.
Não há prazo para a conclusão do estudo, do custo caso seja adotado, tampouco do prazo para o eventual início da utilização efetiva. "Iremos avaliar quantos serão necessários, se será em toda a extensão ou em pontos críticos, como vai ser a aquisição. Primeiro, é feita a avaliação técnica para, depois, fazer a avaliação econômica."
O projeto foi desenvolvido nos EUA, com apoio tecnológico da Nasa, fabricado na China e importado por uma representante no Brasil.