Descrição de chapéu Eleições 2020

Votação tem aglomeração e quebra de protocolos em escola da zona leste de SP

Alteração de seções na escola Cidade de Hiroshima, em Itaquera, represou a entrada de eleitores

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São Paulo

O movimento de eleitores foi intenso nas primeiras horas da manhã deste domingo (15) na escola Cidade de Hiroshima, em Itaquera, zona leste de São Paulo. Com a alteração de algumas seções --ao todo, são 26 no local--, a entrada dos votantes gerou aglomeração.

Eleitores chegam para votar na Escola Estadual Cidade de Hiroshima, em Itaquera, zona leste de São Paulo - Rivaldo Gomes/Folhapress

Em duas seções, mesários pegavam os documentos dos eleitores, atitude contrária ao protocolo divulgado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Em outra, um mesário não usava a proteção facial de acrílico. Questionada, a diretora da escola, Roseli Fernandez, afirmou que isso se deu pelo grande movimento no local, agravado pelas mudanças de seções.

No portão principal, ponto em que as pessoas recebiam orientações sobre a organização da votação, já havia fila. Apesar de, até as 10h, a preferência de acesso ser para idosos, havia muitas pessoas de várias idades antes deste horário.

"Vim mais cedo porque achei que seria mais tranquilo, mas não foi", afirma a comerciante Raimunda Campos, 58 anos. Ela diz que preferiu votar cedo porque, por experiência, à tarde o movimento é ainda maior.

Já dentro da escola, fiscais tentavam organizar o fluxo de pessoas para diminuir a aglomeração. Na entrada das salas de votação, mesários aplicavam álcool em gel. A partir das 10h, o movimento de jovens começou a crescer, e filas maiores se formaram nas seções.

"Aqui na frente [na entrada da escola] está mais bagunçado, mas lá dentro está melhor", afirma Denis Dutra, 38 anos. Mesmo fora da faixa etária preferencial, ele também escolher votar cedo.

"Achei organizado. Preferi vir de manhã porque é mais cheio à tarde, mas não tive receio de vir, usei máscara, álcool em gel e mantive distância das pessoas", afirma a dona de casa Isabel de Paula, 64 anos.

Apesar do medo do coronavírus e de não ser obrigada a votar, a aposentada Raimunda de Lima, 73, fez questão de ir ao colégio. "Enquanto a gente é vivo, ainda pode pedir pelos nossos direitos. Votar é muito importante, eu gosto."

A bancária Renata Lapa, 46 anos, acompanhou a mãe, Ivani Lopes, 82 anos, na votação no local. "Tenho muita vontade de votar", diz a idosa. Para ela, que tem dificuldade de locomoção, os panfletos espalhados pelo chão são um risco. "Isso é muito ruim, mas é algo que não sei se vai mudar". Na porta principal do colégio, funcionários varreram o excesso de papéis, mas eles se espalhavam pela rua e outras calçadas.

A reportagem questionou o TRE-SP sobre o fato de mesários estarem pegando o documento dos eleitores, o que contraria as regras sanitárias, e aguarda retorno.

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