CPTM afasta seguranças suspeitos de agredir ambulante
Vítima de 32 anos vendia água e chocolates na estação Carapicuíba, da linha 8 diamante; homem foi hospitalizado e submetido a uma cirurgia
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Um vendedor ambulante de 32 anos ficou ferido após uma confusão com dois seguranças da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), sábado (2), quando a vítima vendia água e chocolates em um trem que estava na estação Carapicuíba (Grande SP), da linha 8-diamante. Os agentes foram afastados.
O ambulante foi internado no Hospital Regional Doutor Vivaldo Martins Simões de Osasco (Grande SP), onde foi submetido a uma cirurgia no maxilar. Ele teve alta no fim da tarde desta quarta-feira (6), segundo a Secretaria Estadual da Saúde, gestão João Doria (PSDB).
Um dos seguranças, de 35 anos, afirmou em depoimento à polícia que foi dar apoio a colegas em uma abordagem ao vendedor, que teve seus produtos apreendidos. É proibido por lei realizar comércio nos trens e estações da CPTM e do metrô.
Após a abordagem, o segurança afirma que foi surpreendido pelo ambulante, alguns segundos depois, dando um soco no queixo da vítima que, conforme relatado pelo segurança, caiu e bateu a cabeça, também segundo a polícia.
Imagens compartilhadas pela mãe do ambulante na internet mostram o vendedor caído na estação, ao lado de uma poça de sangue. O olho esquerdo da vítima, ainda segundo as imagens, ficou inchado ao ponto de as pálpebras ficarem grudadas.
“Olhem só o que a turma dos lutadores da linha 8-diamante fizeram com o meu filho que estava vendendo água e chocolates. Meu filho está internado e vai passar por cirurgia”, afirma a mulher em texto compartilhado na internet, domingo (3), no qual ainda afirma que os seguranças da estação são “totalmente despreparados.”
O caso foi registrado como lesão corporal no 1º DP de Carapicuíba.
Resposta
A CPTM afirmou não admitir “qualquer prática de violência contra a vida”. A empresa acrescentou que os dois vigilantes foram afastados e “em hipótese alguma poderão prestar serviço à companhia”. “A CPTM tomará as medidas legais aplicáveis nesta situação, bem como irá colaborar com a investigação policial para o esclarecimento do caso”, diz trecho de nota.
A companhia destacou ser proibido o comércio ambulante em seus trens e estações, alegando que os produtos contam com suposta procedência desconhecida. “Podem [produtos] estar associados a crimes como contrabando, roubo de cargas, furtos e roubos, por exemplo”, disse.