No aniversário de 30 anos, Sambódromo ganha homenagem
Com balões, bolos e vela, ritimistas de 6 a 13 anos da escola de samba Estrela do Terceiro Milênio cantaram 'Parabéns' na passarela do samba; local deve ser concedido à iniciativa privada
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Vinte crianças e adolescentes, ritmistas da escola de samba Estrela do Terceiro Milênio, homenagearam o Sambódromo do Anhembi, na zona norte de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (1º).
Para celebrar os 30 anos do maior palco do Carnaval da capital paulista, jovens da Ala das Crianças, com idades entre 6 e 13 anos, além de componentes da bateria da escola do Grajaú (zona sul), levaram balões, um bolo e até uma vela para celebrar o local inaugurado muito tempo antes de elas nascerem. E cantaram "Parabéns" em ritmo de samba-enredo.
"Foi muito emocionante voltar ao Sambódromo nesta data tão especial. Mesmo eu sendo rainha mirim há três anos, eu sinto uma emoção muito grande quando venho aqui. É mágico, sabe?", afirma Kênya Morena, 10 anos, rainha mirim da bateria Pegada da Coruja.
"A energia das pessoas aplaudindo, cantando o samba. Emociona. Estamos com muitas saudades dos ensaios da quadra e os técnicos. Estamos com saudades de tudo", afirma a jovem, que já pertenceu à Ala das Crianças.
"Mas é muito importante que as pessoas fiquem em casa, se cuidem, usem álcool nas mãos para se protegerem do vírus", diz a jovem, em referência à pandemia do novo coronavírus.
Além do grupo infantil, cerca de 14 ritmistas coordenados pelo mestre Vitor Velloso, entre eles três crianças, foram responsáveis pelo ritmo que embalou a homenagem.
"Nossa ideia foi levar a nova geração de sambistas apaixonados pelo Sambódromo do Anhembi para que eles expressassem seu amor. Uma forma de dizer que o samba e os sambistas estão sempre se renovando", diz a vice-presidente da agremiação, Miriam Moura.
"Foi muito legal comemorar o meu aniversário no Anhembi. Cantamos 'Parabéns' para ele e depois para mim", conta Gustavo Lopes, ritmista do naipe repenique, que celebrou seus 9 anos no Sambódromo.
O Carnaval não tem data para acontecer neste ano. A Prefeitura de São Paulo, sob gestão Bruno Covas (PSDB), confirma que o Carnaval está condicionado às questões de saúde pública pela pandemia, e que tem conversado com as instituições carnavalescas, que concordaram com a necessidade de mudança da data.
Inaugurado em 1º de fevereiro de 1991 pela então prefeita Luiza Erundina (que era do PT), o Sambódromo será concedido à iniciativa privada. A SPTuris (São Paulo Turismo), em nota, afirma que foi publicada a convocação à concessão do Complexo Anhembi, que inclui o Sambódromo, para assinatura do contrato até 8 de março, passível de prorrogação.