SP já foi atrás de 60 mil que não voltaram para tomar segunda dose de vacina
Prefeitura paulistana calcula que quase 145 mil pessoas não apareceram para receber o reforço da vacinação contra a Covid
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Das dois milhões de pessoas que tomaram a primeira dose da vacina contra a Covid-19 na cidade de São Paulo até esta terça-feira (27), cerca de 145 mil não voltaram para tomar o reforço, segundo os registros da Secretaria Municipal da Saúde. Desse total, a gestão Bruno Covas (PSDB) diz que já conseguiu localizar 60 mil, fazendo alerta para convencer sobre a necessidade de tomar o reforço do imunizante.
É consenso entre especialistas que a imunização só é de fato conquistada com a dose de reforço. No caso da CoronaVac, o intervalo da primeira para a segunda imunização é de 21 dias a 28 dias. No caso da AstraZenica a indicação é de 12 semanas de intervalo.
“Fato é que a pessoa que toma uma dose só fica com uma proteção inferior do que se tivesse recebido as duas, lembrando que [a vacina] já não é 100%. Devemos nos proteger dentro do prazo agendado”, afirma a médica Mônica Levi, diretora da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações).
A especialista afirma que esse comportamento observado em São Paulo ocorre em maior escala em várias partes do Brasil. E os motivos são vários. “Muitas pessoas precisam de transporte, são dependentes de outras [para irem ao local de vacinação], ou mesmo, por incrível que pareça no meio de uma pandemia como a que estamos vivendo, simplesmente esquecem", afirma.
VEJA QUANDO TOMAR A SEGUNDA DOSE
Segundo a prefeitura, embora todas essas 60 mil pessoas tenham sido localizadas, não é possível afirmar que todas voltaram de fato para tomar a segunda dose do imunizante.
O trabalho de localização de quem não tomou o reforço é feito a partir do cadastro do Vacivida, o sistema criado pelo governo estadual que permite o acompanhamento individualizado e em tempo real dos registros de pessoas imunizadas contra o coronavírus.
A partir desses dados, a Secretaria Municipal de Saúde realiza o georreferenciamento entre o endereço da pessoa e a UBS (Unidade Básica de Saúde) mais próxima. De posse desse contato, os servidores dos postos de saúde entram em contato com a pessoa para saber o motivo pelo qual ela não foi tomar a segunda dose e orientam a respeito da importância de voltar para a unidade de saúde e tomar o reforço.
Dependendo da situação, agentes do PSF (Programa de Saúde da Família) entram em contato com as pessoas e vão até as suas casas.
A quantidade de pessoas que não tomaram a segunda dose na cidade de São Paulo é quase a metade das cerca de 300 mil que não foram procurar o reforço até a última terça, segundo a Secretaria Estadual da Saúde, da gestão João Doria (PSDB).
A estratégia usada pelo governo estadual é a de enviar lembretes tais, como mensagens de texto de celular ou emails, às vésperas da segunda imunização. Segundo a gestão Doria, cabe a cada município a adoção de estratégias para localizar os faltantes.