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Prefeitura de SP hospeda em hotéis mais 170 idosos em situação de rua

Ao todo, 600 pessoas estão acolhidas em unidades custeadas pela administração municipal

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São Paulo

Mais 170 idosos em situação de rua foram acolhidos em hotéis da capital paulista, neste sábado (22), custeados pela prefeitura, com o intuito de os resguardar dos reflexos da pandemia da Covid-19.

Segundo o prefeito Ricardo Nunes, os idosos acolhidos neste final de semana estão divididos em três hotéis, na Santa Ifigênia (centro). Outros 380 estão hospedados em unidades, também na região central, e 50 na zona norte.

Com R$ 13,6 milhões usados até o momento, com 430 hospedagens, ainda de acordo com o governo, o custo mensal das 170 novas vagas sairá por R$ 530 mil mensais à prefeitura.

Idoso assiste televisão em um dos 600 quartos de hotel custeados pela prefeitura a pessoas em situação de vulnerabilidade na capital paulista - Marcelo Pereira/Prefeitura de São Paulo

"É um sentimento duplo de realização, de atender às pessoas no dia de hoje. São 170 idosos, completando 600 idosos, mas também uma satisfação pessoal de poder estar vendo que o Bruno [Covas] está aqui com a gente, vendo que as pessoas estão sendo muito bem atendidas", afirmou o prefeito Ricardo Nunes, se referindo à morte do titular do governo municipal, ocorrida no último dia 16, em decorrência de um câncer da transição esôfago gástrica, com metástase e suas complicações, após longo período de tratamento. A doença foi diagnosticada em 2019.

A meta para o fim do ano, acrescentou o prefeito, é a de que mais 400 vagas para idosos sejam criadas, completando mil, ou seja, quase a metade dos 2.200 idosos em situação de vulnerabilidade cadastrados pelo governo.

Nos hotéis em que estão hospedados, acrescentou Ricardo Nunes, os 600 idosos recebem quatro refeições diárias, além de contarem com roupa de cama limpa e um teto para dormir.

Os locais onde os idosos estão hospedados são: América do Sul (50), Hotel Nóbilis (100), Reinales Plaza (20), Hotel Windsor (50), Rivoli (50), Grand Barão (50), Plaza Apolo (50), Columbia (50), Downtown (50), Lugus (50), Natal (30), na região central, e Brasília Santana Gold Flat (50), na zona norte.

As gestões que se sucederam no comando da capital paulisa, nos últimos 28 anos, viram a população em situação de rua saltar de quase 4.000 para 24.344 pessoas no período —um crescimento superior a 500%, segundo dados da prefeitura.

Pelo último censo do município, de 2019, 11.693 pessoas estavam acolhidas em albergues públicos e outras 12.651 dormiam nas ruas.

Outros dados, do governo federal, indicam um número maior: pelo Cadastro Único, sistema do Ministério da Cidadania, em dezembro do ano passado havia 33.292 famílias sem-teto na capital paulista.

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