Primeira barreira sanitária na capital paulista será montada no terminal Tietê
Proposta de fazer cerco em rodovias e aeroportos depende de instruções da Anvisa
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A partir desta terça-feira (25) a Prefeitura de São Paulo instalará a primeira barreira sanitária na capital para tentar conter uma eventual terceira onda da Covid-19 na cidade. Ela será montada no terminal rodoviário do Tietê, das 8h às 15h, e terá como foco a identificação de passageiros sintomáticos vindos do Maranhão.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, os passageiros terão a temperatura corporal medida e responderão a questionários. Caso apresentem sintomas, eles serão encaminhados de ambulância para serviços de pronto atendimento, onde será feito teste RT-PCR, usado para aferir se a pessoa está ou não contaminada pelo coronavírus.
Se necessário, estão reservadas 30 vagas em um hotel próximo ao terminal Tietê para que as pessoas fiquem em isolamento.
Além de aferir a temperatura de cada uma das pessoas, a prefeitura coletará os dados dos passageiros para poder monitorar suas condições de saúde e, se necessário, serem localizados rapidamente. Esse monitoramento será feito por até 14 dias.
Inicialmente, a intenção da prefeitura era a de fazer esse cerco também em rodovias que dão acesso à capital e nos aeroportos. Para isso, já foram feitas reuniões de entre equipes do município com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado e de Guarulhos, concessionárias que administram as rodovias que dão acesso à capital e também com a Polícia Militar Rodoviária.
A ação em rodovias, aeroportos e demais terminais depende ainda de um informe técnico a ser elaborado pelo Ministério da Saúde para orientar como serão realizadas essas estratégias. Sem essa definição, algumas medidas, tais como exigir testes de passageiros, não pode ser realizada.
Neste começo nas rodovias, serão divulgados apenas materiais informativos de prevenção da doença e cuidados nos painéis digitais das rodovias próximas à cidade. Nos postos de pesagem, será adotada a triagem e orientação dos caminhoneiros com material informativo sobre a doença, maneiras de prevenção, bem como serão também encaminhados os sintomáticos às unidades de saúde para consulta médica e testagem.
Leitos
Na última quinta-feira (20), quando o assunto veio à tona pela primeira vez, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou que, se necessário, São Paulo já tem como garantir 250 novos leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo).
As vagas de tratamento intensivo seriam montadas em hospitais-dia, nos quais foram instaladas, até o momento, dez miniusinas de oxigênio. Até 2 de junho, afirmou Nunes, outras nove serão inauguradas na cidade
Segundo a prefeitura, as medidas são essenciais no controle da população que chega à cidade de São Paulo, principalmente para evitar a entrada de novas cepas e aumentar o risco de um novo aumento de casos na capital.
Entre o último domingo (23) e esta segunda-feira (24), foram confirmados 2.752 casos da doença. Na cidade de São Paulo, a taxa de ocupação de leitos de UTI é de 82%.
Segundo a prefeitura, até agora, não há nenhuma evidência da circulação das cepas indianas no município.