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Medo. Perigo. Pesadelo.
É a variante indiana.
Nas rodoviárias paulistas, o clima é de atenção.
Antônio Carlos vinha tentar a sorte na cidade grande.
—Lá no Maranhão tudo está difícil.
Inverno. Frio. Garoa.
Antônio Carlos se arrepiava ao passar pelas margens do Tietê.
Vieram os espirros. A tosse. Os calafrios.
A enfermeira Silvana não dormiu no ponto.
—Medindo a temperatura...
Deu 38 e meio.
Era obrigatório o encaminhamento de Antônio Carlos a um posto de saúde.
—Fazer um testezinho...
—Xi... vai que mandam de volta.
No bolso, ele tinha guardado o endereço de um primo.
—Onde é que eu pus?
Tinha ido embora numa assoada de nariz.
A cidade de São Paulo assusta.
No caminho do posto, um congestionamento monstro.
—Parece que tem manifestação aí na frente.
Motos. Gritos. Buzinaços.
É o apoio a Bolsonaro.
—Caramba. Olha lá o meu primo Nonato.
Sem máscara. Camisa verde e amarela.
Veio o abraço. A fuga. A salvação.
Na UTI, Nonato e Antônio Carlos já chegaram ao nirvana.
O mundo é uma grande rodoviária.
Se a Índia não chega até nós, nós vamos até a Índia.