Descrição de chapéu Zona Sul

Polícias Civil e Militar procuram autores de incêndio em estátua de Borba Gato em SP

Um grupo chamado Revolução Periférica assumiu a autoria do incêndio; ninguém se feriu ou foi preso

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São Paulo

As polícias Civil e Militar trabalham para tentar identificar os suspeitos de incendiar a estátua do bandeirante Borba Gato, na tarde deste sábado (24), em Santo Amaro (zona sul da capital paulista). As chamas foram extintas pouco tempo depois.

Um grupo chamado Revolução Periférica assumiu a autoria do incêndio. Em vídeo, membros aparecem subindo no monumento com pneus, aos quais atearam fogo depois. Nas redes sociais, em vídeo postado no dia 14 de julho, um dos membros do grupo afirma que Borba Gato contribuiu ativamente para o genocídio da população indígena.

Policiais Civis do 11º DP (Santo Amaro) procuram eventuais registros em vídeo que possam contribuir para a identificação dos "autores do ato de vandalismo", segundo nota da SSP (Secretaria da Segurança Pública).

Homem observa estátua de Borba Gato, em Santo Amaro, na zona sul de São Paulo; obra foi incendiada no sábado (24) - Danilo Verpa/Folhapress

"De acordo com as primeiras informações, por volta das 13h30, um grupo desembarcou de um caminhão e espalhou pneus pela via e nos arredores do monumento, ateando fogo na sequência", diz ainda trecho do documento da pasta.

Bombeiros apagaram o fogo e, segundo a corporação, não houve registro de feridos. Ninguém foi preso.

Após o incêndio ser controlado, o local foi isolado, com o auxílio da Defesa Civil, para a realização de perícia, feita pelo DPH (Departamento de Patrimônio Histórico), ligado à Secretaria Municipal da Cultura, gestão Ricardo Nunes (MDB).

"O procedimento seguinte é fazer o registro da ocorrência e realizar a limpeza da estátua, que será orientada pelo DPH. Após a limpeza, será possível analisar melhor os danos e uma vistoria mais detalhada será realizada pelo engenheiro e agente vistor que foram acionados", diz nota da Prefeitura de São Paulo.

A GCM (Guarda Civil Metropolitana), também da gestão Nunes, afirmou que irá aumentar a frequência de rondas na praça Augusto Tortorelo de Araújo, onde a estátua incendiada fica.

Alvo de críticas

O monumento, assinado pelo escultor Júlio Guerra, é alvo frequente de críticas de grupos que defendem a retiradas de homenagens que exaltam pessoas ligadas ao passado brasileiro marcado pela escravidão, a colônia e a ditadura.

No ano passado, a ameaça de uma possível derrubada da estátua, que possui cerca de 13 metros de altura com o pedestal, fez com que a subprefeitura de Santo Amaro solicitasse a instalação de gradis ao redor do bandeirante, além de o monumento ter sido vigiado 24 horas por dia pela Guarda Civil Metropolitana durante o período.

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