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A Polícia Civil de São Paulo cumpriu nesta quarta-feira 24 mandatos de busca e apreensão e oito suspeitos alvos de investigação foram localizados e conduzidos à unidade de polícia. Seis deles, quatro homens e duas mulheres, foram conduzidas à delegacia e indiciadas por estelionato e formação de organização criminosa.
A ação faz parte da operação “Metamorfo" que Polícia deflagrou para tentar prender uma organização criminosa voltada a crimes de estelionato praticados por meio da clonagem do aplicativo de mensagens WhatsApp.
De acordo com as investigações, o grupo criminoso, após clonar o aplicativo da vítima, se passa por ela para solicitar dinheiro a conhecidos da sua lista de contatos. Quem cai no golpe realiza transferências bancárias, inclusive usando o Pix, que é o novo sistema de transferência bancária criado pelo Banco Central e que pode ser feita instantaneamente pelo celular e os valores caem em contas de laranjas, que recebem uma porcentagem deste dinheiro.
Os agentes cumpriram as ordens judiciais em São Paulo; em Mauá e Santo André (Grande ABC); e em Mongaguá, no litoral sul do estado. Além das detenções, mais de 20 mandados de buscas foram cumpridos, resultando na apreensão de celulares, que foram encaminhados para análise e auxiliarão as próximas etapas da investigação. A operação envolveu 113 policiais e 54 viaturas.
De acordo com o delegado titular 4ª Delegacia Seccional de Polícia da Capital, Denis Camargo, da Cerco (Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas), a operação iniciada nesta quarta-feira não tem prazo para terminar. “O objetivo é desmantelar essa organização criminosa que pratica golpe do WhatsApp", disse Camargo.
Segundo ele, o grande número de casos envolvendo este tipo de golpe motivou a polícia a iniciar as investigações e a montar a operação. “Os golpistas, em sua maioria são jovens que estão mais habituados este tipo de tecnologia”, enfatizou o delegado.
Se condenados, os golpistas podem ficar presos cinco anos por estelionato e mais oito por organização criminosa. Segundo Camargo, os acusados que foram conduzidos à delegacia confessam a participação nos golpes. “Não tinham como negar porque receberam valores em suas contas bancárias”, completou.