Voltaire de Souza: O que vale é o tempero
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Choque. Polêmica. Indigestão.
O mundo da gastronomia se agita.
Quem não aprecia um bom queijo artesanal?
Surge o problema.
Em São Luís do Paraitinga, as autoridades agem com rigor.
Mais de cem quilos de queijo foram destruídos.
Motivo: faltava o selo de fiscalização.
O francês Pierre era um famoso chef.
—Prrefirro non darr opinión.
O medo crescia no simpático bistrô La Chochotte.
—Nón querre brrigar com as otorrídaáds.
Baratas. Camundongos. Podridão.
—O que vale é o tempérre.
Em matéria de vigilância sanitária, ele tinha pouco a temer.
—O Pazuelle semprre vem aqui.
Ouviu-se uma gritaria do lado de fora.
O garçom Basílio chegou assustado.
—É assalto, seu Pierre.
O perigoso meliante Caramujo atuava na região.
—Tude bén. Ele cobrra menos que o fiscále.
Um bom vinho foi oferecido ao assaltante.
—Trrouxe esses torradinhes para acompanharre.
A fina camada de queijo francês não foi notada pelo faminto fora da lei.
Caramujo foi internado no SUS.
—Agorre só falta o Pazuelle.
Pratos de chef são como a Covid.
Sem teste rigoroso, a coisa sempre desanda.