Voltaire de Souza: Segurança canina
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Frio. Vento. Garoa.
O inverno atinge o país.
Cena revoltante em Sorocaba.
Lá, estão roubando até roupinha de cachorro.
O vídeo circula nos meios de comunicação.
A simpática cadelinha Nina estava na área do portão.
Foi fazer festa para um reles meliante.
O rapaz arrancou da vítima o coletinho de lã.
A famosa socialite Bibi Abdalla estava revoltada.
—Viu isso, Tiffany?
—Wák. Wák?
A poodle branquinha de Bibi entendia tudo.
—Justo agora que eu comprei para ela uma roupinha de grife.
Tratava-se de um elaborado bustiê canino.
—Com detalhes em cristal Swarowski.
—Wák. Wák.
—Vai que roubam.
Um amigo deu a ideia.
—Você não tem guarda-costas?
—Claro que sim.
—Então, arranja um guarda-costas para a Tiffany.
Não precisava ser humano.
—Um vira-lata mais parrudo resolve.
O gigantesco cachorro Luthor foi recolhido de um abrigo.
—Sem salário. E não reclama da ração.
Alguns meses depois, veio a notícia. O choque. O escândalo.
—Tiffany? Grávida? De quem, meu amor?
—Wak. Wak.
—Wof. Wof.
Segurança é tudo.
Roubam-se agasalhos de cachorro.
Mas, por vezes, também os vira-latas precisam de uma camisinha.