Voltaire de Souza: Fala o gigante
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Fé. Radicalismo. Militância.
O governo Bolsonaro não perde a iniciativa.
Manifestações se organizam pelo Brasil.
Carlos Lúcio estava animado.
—Voto impresso já.
É a nova bandeira do presidente.
O comerciante se preparava.
—Dia 01 Vai Ser Gigante.
A camisa amarela estava separada no closet.
—Tudo pelo Mito.
A mulher dele se chamava Nísia.
—Mas… e o almoço de domingo?
O sorriso de Carlos Lúcio foi superior.
—A família é nosso principal valor.
Primeiro, o macarrão.
Depois, a política.
Era total o respeito de Carlos Lúcio pelas tradições.
—E o vinho cai bem com esse frio.
O primeiro cálice foi às dez e meia da manhã.
—Vamos se animando, pessoal.
A macarronada foi consumida com rapidez.
Já o Del Rey de Carlos Lúcio se movia com mais dificuldade.
Rolos de fumaça saíam do escapamento.
—Chego lá rapidinho.
Na manifestação, ele já não via os fatos com realismo.
—Wai Zwer Zwigante…
O vulto apareceu envolto em fumaça.
Barba preta. Botas. Bacamarte.
—É da milícia?
—Sou o Borba Gato, rapaz. Na luta pelo voto impresso.
O vinho, por vezes, faz das suas.
Mas cada pessoa segue o mito que quiser.