Arquidiocese de SP celebra centenário de Dom Paulo Evaristo Arns
Arcebispo, morto em 2016, completaria 100 anos nesta terça-feira (14)
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A Arquidiocese de São Paulo dará início a partir desta terça-feira (14) às comemorações em homenagem a Dom Paulo Evaristo Arns, também conhecido como ‘Cardeal da Esperança’, que completaria 100 anos nesta data. O religioso, que esteve à frente da Igreja em São Paulo entre os anos de 1970 e 1998, morreu aos 95 anos, no dia 14 de dezembro de 2016.
A abertura oficial será com uma solene celebração eucarística na Catedral da Sé, às 10h, presidida pelo cardeal Odílo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, com a participação de representantes da Igreja, autoridades públicas e de outras instituições religiosas, sociais e culturais. A abertura do local será para todos os interessados, desde que respeitado o limite de ocupação da Catedral da Sé.
“Como arcebispo, Dom Paulo procurou renovar a vida da Igreja e dinamizar o trabalho pastoral na arquidiocese, atendendo às circunstâncias e necessidades da cidade de São Paulo, que crescia vertiginosamente e carecia de atenção especial às imensas periferias", afirma Dom Odilo.
Ainda segundo o cardeal, Arns dedicou atenção especial para os pobres e desvalidos, estimulando o surgimento de numerosas obras voltadas para a promoção da caridade e da dignidade humana.
Além da missa de abertura, outras atividades estão programadas para celebrar o centenário de Dom Paulo. Ainda nesta terça, às 20h, será realizada a live “Paulo, Profeta e Pastor”, transmitida pelas plataformas digitais da arquidiocese.
Outras ações comemorativas ainda estão previstas para os próximos meses e também em 2022. Entre elas, em outubro, deverão acontecer um curso on-line sobre a atuação de Dom Paulo, um dia a ele dedicado durante a Semana Teológica da Faculdade de Teologia da PUC-SP, além de eventos sobre o papel dele para a promoção do diálogo ecumênico e inter-religioso e uma exposição fotográfica na Basílica Menor de Sant’Ana (rua Voluntários da Pátria, 2.060, bairro de Santana).
Senado e Câmara federal também prestam homenagens
Nesta segunda-feira (13), Arns foi homenageado em sessão especial no Senado onde foi destacado a luta incansável do arcebispo de São Paulo pela redemocratização do país e sua dedicação aos mais vulneráveis como inspiração para se buscar um país mais unido e igualitário. O requerente da sessão foi o senador Flávio Arns (Podemos-PR), sobrinho do religioso, que destacou que dom Paulo foi um “agente da vida” ao trilhar sua caminhada a favor do ser humano, da cidadania e, principalmente, em defesa da democracia.
A Câmara Federal também prestou homenagens. O pedido foi feito pela deputada Luiza Erundina (PSOL-SP). "Dom Paulo deu prova desse compromisso [trabalhar pela população mais vulnerável] inúmeras vezes ao longo da vida. Chegou a vender o palácio episcopal, usando o dinheiro arrecadado para criar centros comunitários na periferia", disse. Erundina lembrou que, ao lado da irmã, a médica Zilda Arns, ele apoiou a criação, dentro da CNBB, das pastorais da Criança, da Pessoa Idosa, e de DST/AIDS. "Em meio à ditadura, ao trabalhar pelos m ais vulneráveis, exigia também oposição ativa à tirania", finaliza a deputada.