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Terceira dose contra a Covid-19 em idosos e vacinação em adolescentes tranquilizam pais e filhos em SP

Aplicação nos dois grupos começou nesta segunda-feira (9); juntos eles somam um total de 412 mil pessoas

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Mariane Ribeiro
São Paulo

O início da aplicação da dose adicional contra a Covid-19 em idosos acima de 90 anos e o começo da vacinação em adolescentes de 12 a 14 anos sem comorbidades trouxe tranquilidade para pais e filhos na cidade São Paulo. A aplicação nos dois grupos etários começou nesta segunda-feira (6), e juntos somam um total de 412 mil pessoas, sendo a maior parte, 360 mil, de adolescentes de 12, 13 e 14 anos.

No posto de vacinação no Memorial da América Latina, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo, a movimentação foi intensa na busca pela vacina, o que trouxe alívio e felicidade para as famílias dos vacinados.

A escritora Lygia Alli, 91 anos, recebe dose adicional de vacina contra a Covid-19 no Memorial da América Latina, na zona oeste de São Paulo - Rivaldo Gomes/Folhapress

“Nossa, foi maravilhoso, é uma sensação de alívio, a gente começa a enxergar uma luz no fim do túnel”, afirmou o administrador de empresas Wilson Pereira Santos, 68 anos, que levou a mãe, Odete Malvezi, de 90 anos, para tomar a dose adicional da vacina.

Santos disse que chegou a ficar confuso quando foi avisado de que a única vacina disponível era a Coronavac, pois sua mãe já tinha recebido as duas primeiras doses do mesmo imunizante, produzido no Brasil pelo Instituto Butantan. Ele tinha entendido que a terceira dose seria, necessariamente, de outro tipo. “Estranhei por um momento, mas não criei problemas. Vacina boa é a que tiver”, afirmou.

A cidade de São Paulo decidiu usar somente vacina da Pfizer contra a Covid-19 para terceira dose em idosos com 90 anos ou mais a partir de 15 de setembro. A vacinação deste grupo de idosos começou com o imunizante que estiver disponível no posto de saúde.

Porém, segundo o Ministério da Saúde, apenas vacinas da Pfizer e da AstraZeneca deverão ser usadas neste reforço. A decisão do ministério excluiu a Coronavac.

O advogado Gabriel Gil Brás Maria, de 36 anos, foi mais um filho que esteve no Memorial acompanhando o pai, João Maria, de 91 anos, na aplicação da dose extra. “Eu e meus irmãos estávamos muito ansiosos para que meu pai tomasse essa nova dose. Ele tem 91 anos e ficamos preocupados, com medo que ele pegasse a variante Delta”, afirmou.

Todos afirmaram que ficaram aproximadamente 30 minutos na fila aguardando pela vacina, mas ninguém reclamou da espera.

A escritora Lygia Pires de Carvalho Alli, de 91 anos, foi acompanhada da filha Vera ao posto do Memorial. “Esperei um pouco no carro, sabe? Mas quando chegou minha vez, tomei a vacina bem tranquila. Me senti muito bem e feliz por estar vivendo esse momento importante”.

Lygia conta que espera que a pandemia passe logo para que ela possa lançar seu livro de poesias e crônicas. “Eu ia lançar no meu último aniversário, mas precisamos adiar por causa da pandemia. Espero que tudo fique bem logo e que eu possa estar aqui para ver e lançar o meu livro”, afirmou.

Em uma fila ao lado dos idosos estavam pais levando seus filhos crianças e adolescentes para receberem a primeira dose da vacina contra a Covid-19.

“Para mim foi emocionante. Na verdade, eu estava esperando mais a vez dele se vacinar do que a minha. A gente sempre prioriza os filhos, né? Foi muito esperado. É a liberdade dele poder voltar para escola, dele poder ter a vida dele”, disse a radialista Ana Carolina Campanelli Rossi, 43 anos. Ela é mãe do Vicente, de 13 anos, que tomou a primeira dose.

Ana disse que o filho não retomou nenhuma atividade presencial ainda pois a família tem medo que ele fique doente.

Na mesma situação de Vicente está Sarah Gierse. A garotinha de 13 anos, também não retornou às aulas presenciais por medo da Covid-19.

A mãe de Sarah, Tabata Gierse, 45 anos, conta que a família está na expectativa de que agora, com a vacina, a menina se sinta mais segura para pegar transporte público e ir para a escola.

Tabata conta que ficou muito orgulhosa da filha, que superou o medo de agulha. “Ela tem muito medo, foge sempre que pode, mas ela encarou, foi firme, criou coragem e tomou a vacina. Ela sabe da importância da vacinação para todos neste momento”, completou a administradora.

Vacinação na cidade de São Paulo

A aplicação da dose adicional para pessoas com 90 anos ou mais acontecerá até o dia 12 de setembro na cidade de São Paulo. Os idosos que pertencem a este grupo devem comparecer a uma unidade de saúde com o comprovante de vacinação (ciclo completo), documento de identidade com foto e comprovante de residência.

A expectativa da prefeitura é de que 52 mil pessoas sejam vacinadas neste primeiro grupo etário.

Segundo a Secretaria Municipal, a vacinação deste público será realizada com vacina que estiver disponível no momento na unidade.

Já as crianças e os adolescentes só podem ser vacinados com doses da Pfizer, único imunizante permitido para esta faixa etária, até o momento, pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

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