Polícia prende quatro por furto de energia elétrica no Brás, centro de SP
Além dos "gatos" nas instalações, também são investigados o comércio de espaço público e serviços ilegais de segurança
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Quatro homens foram detidos por furto qualificado de energia, enquanto se preparavam para realizar mais uma instalação irregular, o popular gato, na praça Padre Bento e na rua Hannemann, na região do Brás (centro de São Paulo, na noite da última quarta-feira (6).
As ligações irregulares de energia estão somadas às investigações da polícia no combate ao crime organizado que atua na região da Feirinha da Madrugada. Além do furto de energia elétrica, a polícia também investiga a venda de espaço público, além de serviços ilegais de segurança.
Ao Agora o delegado Roberto Monteiro, titular da 1ª Seccional, disse que os imigrantes e as pessoas que aderiram ao trabalho informal, muitas delas após ficarem desempregadas, se tornaram presas fáceis das organizações criminosas, que lucram extorquindo os vendedores ambulantes.
"Ali também tem um componente social muito forte. Os ambulantes, alguns até de nacionalidade boliviana, que fazem a venda de suas mercadorias, são explorados por essas pessoas, por essas associações criminosas, que acabam explorando e obtendo vantagem", diz o delegado.
O delegado rechaçou o uso do termo milícia para se referir aos criminosos que agem no local, o qual preferiu chamar de organização ou associação criminosa. "Ali há uma atuação criminosa que nós estamos apurando em trabalho de inteligência e investigação, mas não se configura e não se considera milícia". Ele, no entanto, disse que só ao longo do curso da investigação poderá confirmar se há ou não funcionários públicos envolvidos com o grupo criminoso.
O termo milícia havia sido usado pelo antigo subprefeito da Mooca, José Rubens Domingues, durante entrevista, em agosto, ao Agora. Ao se referir às ações da prefeitura no entorno da Feirinha da Madrugada, ele afirmou que iria "desmobilizar essas milícias que estão se apropriando do espaço público e muitas vezes enganando as pessoas". Domingues deixou o cargo cerca de um mês após a entrevista, ao ser exonerado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB).