Voltaire de Souza: Chega de disfarce

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Voltaire de Souza

Palácios. Propriedades. Mansões.
Alguns políticos e seus familiares aprendem a arte de viver bem.
Fabinho inaugurava sua nova casa em Brasília.
—Maior que o palácio do papai.
Ele acionava as persianas eletrônicas.
—Muito mais moderno.
Havia, também, uma questão ideológica.
—Não gosto de arquiteto comunista.
A assinatura de Oscar Niemeyer acompanha várias residências oficiais.
—Aqui a coisa tem outra visão.
Garagem para lanchas. Hangar para jatinho. E a sala do arsenal.
Metralhadoras. Pistolas. Fuzis.
—Agora, só faltam uns detalhes.
Fabinho não entendia nada de decoração.
Era preciso apelar para um especialista.
—Mas gay aqui não entra.
Bibiana Pacheco era arquiteta de interiores.
Fabinho deu carta branca.
—Dinheiro não é problema.
—E o caixa 2 você guarda no cofre?
—Sim. Na adega.
—Absurdo, Fabinho.
Ela mandou trazer uma caixa-forte espelhada.
—Com detalhes de cristal Swarowski. No centro do escritório.
—Mas… não é melhor deixar mais discreto?
Bibiana sorriu com superioridade.
—Anjinho. Depois diz que é radical.
Corrupção é como sexualidade.
Quem é macho não se preocupa em disfarçar.

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