Voltaire de Souza: Recuse imitações

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Voltaire de Souza

Luxo. Conforto. Ostentação.
Ser corrupto não é tudo.
É preciso ter bom gosto também.
Fabinho se orgulhava.
A sua espetacular mansão em Brasília já estava em pleno funcionamento.
—Piscina. Campo de futebol. Sala de tiro.
Faltavam alguns detalhes.
A decoradora Bibiane Pacheco foi chamada.
—Nossa, Fabinho… admiro tanto o seu pai.
—Haha, claro.
A mansão tinha uma belíssima sala de cinema.
Bruce Lee. Van Damme. Schwarzenegger.
—Gosto dos clássicos.
Bibiane examinava o local.
—Bom. De-tes-to poltrona preta.
A ideia foi redecorar todo o ambiente.
—Mais leve. Mais luminoso.
—Mas não é para ficar escuro?
—Claro. Mas só depois de apagar a luz.
Fabinho tinha dificuldades para entender.
—Melhor deixar ela fazer do jeito dela.
A reforma durou um mês.
Foi grande a surpresa de Fabinho na inauguração.
—Estofamento cor de mostarda?
—Não é lindo? Bem anos 70.
—Paredes de mármore branco?
—Com motivo geométrico.
Bibiane foi despedida na hora.
—Igualzinho ao plenário do STF. Um absurdo.
Fabinho se recusa a pagar o prometido.
Poltrona preta não é problema.
O problema é a toga e a capinha.

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