Desde 2001, quando fez transplante de rim, o aposentado por invalidez Célio Antônio Salomão, 51 anos, de Vila Califórnia (zona leste), tem atenção redobrada com a saúde. Entre os cuidados, está a ingestão diária de quatro comprimidos de Tracolimo 5 mg para evitar a rejeição do órgão.
O remédio é de alto custo e, portanto, comprado pelo Ministério da Saúde, repassado à Secretaria de Estado da Saúde e distribuído para os pacientes.
O problema é que o aposentado está há um mês sem retirar o medicamento.
Salomão conta ao Agora que tem ido com frequência à Farmácia de Alto Custo Vila Mariana, na rua Dr. Altino Arantes (zona sul), onde costuma receber o remédio, mas retorna sem uma informação correta.
“Chego ao posto de madrugada, fico na fila durante horas e cada vez dão uma resposta diferente. Enviei email à Secretaria da Saúde no dia 21 de março e não retornaram até hoje. Quando tem o medicamento, o posto só entrega para dez ou 15 dias, no máximo.”
O aposentado relatou que tem remédio apenas para mais 20 dias, no máximo. “Se ficar um dia sem, posso perder o rim”, afirma.
Ministério da Saúde
Tel.: 136
Entrega está prevista para abril
A Secretaria de Estado da Saúde informa que o Tacrolimo 5 mg é de responsabilidade do Ministério da Saúde, que o compra e distribui aos estados.
O Ministério da Saúde esclarece que o laboratório produtor do medicamento teve dificuldades para entregá-lo, devido a um incêndio na fábrica.
Segundo o órgão, foi feita compra emergencial que possibilitou a entrega de 63% da necessidade para o 1º trimestre. A previsão é regularizar a entrega em abril.
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