O corretor de seguros José Maercio de Mello, 63 anos, reclama que o seu auxílio-doença do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) ainda não voltou a ser pago, apesar de aprovado.
Ele explica que deu entrada no benefício em outubro de 2018, tendo recebido os pagamentos por cinco meses, até abril de 2019.
Ao fim das parcelas, fez nova solicitação para ter o benefício renovado. Após nova perícia, o pedido foi negado, mesmo o segurado tendo as mesmas condições de saúde de antes.
Com isso, entrou com recurso contra a decisão em julho de 2019. Em abril de 2020, recebeu a confirmação de que o recurso havia sido reconhecido pelo INSS e que o órgão encaminharia o benefício para implantação. Até agora, no entanto, nada mais foi feito.
“Estou afastado do trabalho desde o dia 6 de junho de 2018 sem receber qualquer outra renda ou vencimento. É um absurdo esperar por três meses para a elaboração de um simples cálculo e posterior pagamento”, queixa-se.
Maercio de Mello diz que seu afastamento se deve a problemas cardíacos e que, sem receber salário e nem o benefício, não tem tido como pagar as contas.
Ele diz que, em 2021, completará 65 anos e terá direito à aposentadoria por idade. Tem esperança, no entanto, de receber o auxílio-doença antes disso.
“Tenho arritmia cardíaca e tomo cinco remédios. Dois deles não são distribuídos na farmácia do posto de saúde, o que dá mais de R$ 400 por mês. Moro com meu irmão e dependo dele financeiramente para tudo.”
INSS concede o benefício
Em nota, o INSS informa que cumpriu a determinação da 6ª Junta de Recursos, conforme acórdão 1.832/2020.
“Em relação ao pagamento dos valores atrasados, esclarecemos que será feito por meio de PAB (Pagamento Alternativo de Benefícios).”
O órgão explica que o segurado pode verificar detalhes do seu processo por meio do site https://gov.br/meuinss, pelo aplicativo de celular Meu INSS ou pela Central de Atendimento, no número 135. O canal telefônico funciona de segunda a sábado, das 7h às 22h.
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