A autônoma Lucimar Silva Sampaio, 38 anos, conta que, em julho, tentou sacar a primeira parcela do auxílio emergencial na Caixa, mas descobriu que uma outra pessoa fez a retirada no seu lugar. O banco identificou a irregularidade e fez o ressarcimento 18 dias após a reclamação. Porém, segundo a cliente, a Caixa não explicou como golpistas tiveram acesso aos dados dela.
Lucimar tinha um pequeno salão de cabeleireiro na Cidade Tiradentes (zona Leste), e teve que fechar o negócio por causa da pandemia. Em agosto, novamente outra pessoa fez o saque no lugar dela. “Fiz outra contestação e disseram que o processo poderia demorar 45 dias”, reclama.
O valor do benefício é de R$ 1.200 e, desde agosto, ela aguarda que o banco faça o ressarcimento da parcela. “Fiz boletim de ocorrência na polícia, mas não devolveram”, diz à reportagem.
Segundo a leitora, o prazo que a própria Caixa deu para resolver o problema da parcela de agosto que não foi paga terminou no dia 5 de novembro. Lucimar relata que está indo pelo menos uma vez por semana em alguma agência da Caixa e recebe sempre a mesma resposta. “Eles apenas dizem que é preciso aguardar e que está em análise.”
A autônoma afirma que as parcelas dos meses de outubro e novembro do auxílio emergencial foram pagas normalmente. “Só a de agosto é que o banco não quer liberar”, queixa-se.
Banco dá explicação à cliente
A Caixa informa, por meio de sua assessoria de imprensa, que todas contestações de pagamento de saque emergencial FGTS e demais benefícios são analisadas com base em critérios técnicos de segurança.
O banco diz ainda que, em cumprimento ao sigilo bancário, os resultados são repassados aos interessados.
A Caixa afirma que entrou em contato com a cliente e as informações foram repassadas diretamente para ela.
Ao Agora a leitora confirmou o contato da Caixa.
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