O Metrô de São Paulo fez uma nova proposta aos metroviários em audiência virtual do TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região), que começou às 14h desta terça-feira (11), para tentar evitar a greve, anunciada para esta quarta (12).
De acordo com o Sindicato dos Metroviários de São Paulo, a empresa propôs reajuste salarial de 2,2% só para janeiro e manteve a retirada do auxílio transporte, do adicional de risco de vida, do steps (uma forma de equiparação salarial) e do convênio com farmácias, além da redução do pagamento de hora extra, de adicional noturno, da gratificação de férias e o congelamento da gratificação por tempo de serviço. A proposta foi recusada pela categoria.
"A proposta do Metrô é ruim, tanto que o juiz propôs uma nova negociação na segunda da semana que vem", afirma o coordenador do sindicato, Wagner Fajardo.
A sugestão do juiz será colocada em consulta pela internet para votação dos trabalhadores também nesta terça, a partir das 19h. A live pode ser acompanhada pela página do sindicato no YouTube.
Se confirmada, a paralisação afetará as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata (monotrilho), onde trabalham cerca de 7.200 metroviários.
As linhas 4-Amarela e 5-Lilás não estão incluídas na mobilização porque têm data-base em março, quando negociaram um reajuste cujo índice ficou em torno de 4%, também de acordo com o sindicato.
Na manhã desta terça, os metroviários protestaram em frente ao Centro de Controle Operacional do Metrô de São Paulo na Liberdade, região central da capital.
Entre as principais reivindicações dos metroviários estão o reajuste salarial de aproximadamente 10% –referente à inflação acumulada dos últimos dois anos– e a manutenção de direitos como os adicionais noturnos de 50% e de férias de 70% sobre o salário.
Segundo a categoria, nas outras três reuniões de negociação com o Metrô, mas a empresa afirmou que não reajustará os salários e benefícios e confirmou o não pagamento das participações nos resultados de 2019 e 2020.
No início de abril a categoria ameaçou entrar em greve se não fosse incluída no grupo prioritário para a vacinação contra a Covid-19. A reivindicação foi atendida. Nesta terça (11), começaram a ser vacinados todos os operadores de trens, independentemente da idade, do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e os funcionários acima de 47 anos que têm contato direto com o público como segurança, limpeza (incluindo os terceirizados) e bilheteria.
Segundo a STM (Secretaria dos Transportes Metropolitanos), a imunização destes trabalhadores é feita exclusivamente nas UBS (Unidades Básicas de Saúde). Quem estiver elegível deverá confirmar suas informações no sistema de pré-cadastro pelo site www.vacinaja.sp.gov.br/transportesmetropolitanos.
No pré-cadastro, cada profissional receberá por e-mail e/ou celular um QR code que será conferido pelo agente de saúde na sala da vacinação. Todos os funcionários deverão apresentar documento pessoal e funcional, além do QRCode impresso ou em celular para confirmação no dia da vacinação.
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