Largada difícil para Bolsonaro
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Prestes a completar cem dias no governo, Jair Bolsonaro (PSL) é considerado ótimo ou bom por 32% dos brasileiros.
É a pior avaliação para presidentes em começo de mandato desde que o Datafolha começou a fazer essa medição, em 1990, com Fernando Collor.
Além disso, 33% acham que o atual governo é regular, e 30% os classificam como ruim ou péssimo.
A pesquisa reflete o país dividido da eleição. Dentre os que aprovam Bolsonaro, apenas 7% afirmam ter votado em seu rival, o petista Fernando Haddad. Por outro lado, só 9% dos eleitores declarados do presidente dizem que seu desempenho é negativo.
Dá para imaginar que as frustrações com a economia e as confusões administrativas tenham influenciado nesse resultado. Para muita gente, a vitória do capitão reformado traria mais otimismo entre empresários e consumidores, o que ajudaria o país a sair do buraco de modo mais rápido.
Na parte política, a coisa também não andou bem. A começar pelo filho “zero um”, o senador Flávio Bolsonaro, que tem um ex-assessor enrolado em atividades financeiras suspeitas.
Depois vieram as denúncias do laranjal do PSL, que provocaram a queda do secretário-geral da Presidência, Gustavo Bebianno.
Tudo isso sem falar das idas e vindas em medidas anunciadas e das declarações infelizes _e até bizarras_ do presidente, dos seus filhos e de alguns auxiliares diretos.
Não podemos esquecer, porém, que essa é uma gestão que ainda está só no início. Há tempo de sobra para o governo se recuperar. É o que espera a maioria dos brasileiros: 59% acreditam que, daqui para a frente, Bolsonaro fará um governo ótimo ou bom.