O Ministério da Educação virou uma fábrica de confusões quase diárias, com brigas entre grupos rivais, demissões em série e polêmicas desnecessárias.
Para aumentar a confusão, a gráfica responsável por imprimir as provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) faliu. E isso a apenas um mês antes do período previsto para o começo dos trabalhos.
A preparação do Enem é uma tarefa gigantesca, que requer muito cuidado na segurança. No ano passado, a gráfica que quebrou imprimiu 11 milhões de provas.
Os cerca de 300 funcionários eram monitorados por câmeras. Eles também separavam e organizavam os malotes antes do envio dos papéis para 1.725 cidades em todo o país.
O cronograma estabelece que as provas sejam impressas em maio. O Enem deve ser aplicado no início de novembro.
Diante da crise sem fim no ministério, a busca por alternativas pode demorar.
A tarefa de achar uma nova gráfica cabe ao Inep, órgão da pasta que realiza o Enem. Só que o Inep está sem presidente, demitido, e sem o diretor diretamente responsável pelo exame.
Como se não bastasse, o ministro Ricardo Vélez Rodríguez vem se envolvendo em uma série de trapalhadas desde que assumiu a pasta. Já ficou claro o seu despreparo para o cargo.
Apesar de tudo isso, o MEC jura que o cronograma do Enem está mantido. Será necessário, porém, mostrar toda a competência que faltou até agora.
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