Descrição de chapéu festival de veneza

Veja filmes com atores e atrizes premiados no Festival de Veneza

Coppa Volpi, que premia as melhores interpretações, é concedida desde 1935

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Fachada do Lido, palácio onde acontece a 78ª edição do Festival de Cinema, - Miguel Medina/AFP
São Paulo

Começou no dia 1º de setembro a 78ª edição do Festival de Veneza, com a apresentação do novo longa de Pedro Almodóvar, ‘Madres Paralelas’. Até o dia 11, serão exibidos 21 filmes na seleção principal.

Os longas disputam o Leão de Ouro, o prêmio mais cobiçado do festival, mas não o único. Desde 1935, com lacunas em alguns períodos, é concedida a Coppa Volpi para os melhores atores e atrizes dos filmes exibidos em Veneza.

O nome do prêmio é uma homenagem a um dos criadores do festival, Giuseppe Volpi di Misurata. Os primeiros a receber a Coppa Volpi foram Pierre Blanchar, por ‘Assassino sem Culpa’, e Paula Wessely, por ‘Romance em Viena’.

Entre os anos 1960 e 1980, ela deixou de ser entregue em vários momentos. De 1969 e 1979, o festival aboliu todas as premiações. Entre 1980 e 1987, elas voltaram, mas sem o nome de Coppa Volpi para o troféu dos atores. Em 1988, o prêmio voltou ao original.

Vale lembrar que o Brasil já teve atores concorrendo ao prêmio. Ruth de Souza foi a primeira brasileira a ser indicada, por sua atuação em ‘Sinhá Moça’ (1953). A seguir, confira cinco atores premiados em Veneza até os anos 1950 (o preço e a disponibilidade nos serviços de streaming foram pesquisados no dia 2 de setembro).

Os atores Vivien Leight e Marlon Brando em "Uma Rua Chamada Pecado" (1951)
Os atores Vivien Leight e Marlon Brando em "Uma Rua Chamada Pecado" (1951), dirigido por Elia Kazan - Divulgação

VIVIEN LEIGH, EM ‘UMA RUA CHAMADA PECADO’ (1951)
Um dos grandes clássicos do cinema, ‘Uma Rua Chamada Pecado’ reuniu vários talentos, a começar pelo dramaturgo Tennessee Williams, autor da peça teatral em que o longa se baseia.

Dirigido por Elia Kazan, o filme tem como estrelas a dupla Vivien Leigh e Marlon Brando, e Kim Hunter e Karl Malden como coadjuvantes. Vivien, vencedora de Veneza em 1951, é Blanche DuBois, mulher que se muda para a casa da irmã Stella (Kim), em Nova Orleans.

Lá, entra em conflito com o marido da irmã, Stanley Kowalski (Brando), um operário rude, com arroubos violentos. A chegada de Blanche traz à tona a relação abusiva de Stella e Stanley. As duas mulheres são vítimas do operário que, após episódios de fúria, pede desculpas e faz declarações a Stella.

​Não é pouco dizer que as atuações de Vivien e Brando no estão entre as melhores de suas carreiras. Em Veneza, além da atriz, o cineasta Kazan recebeu o Prêmio Especial do Júri por interpretar “poeticamente a humanidade dos personagens”.

ONDE VER
Looke: R$ 7,99 (aluguel). Google Play: R$ 7,90 (aluguel) e R$ 19,90 (compra). Microsoft Store: R$ 7,90 (aluguel) e R$ 19,90 (compra). Americanas.com.br: DVD a partir de R$ 49,90

Os atores Leslie Howard and Wendy Hiller em "Pigmaleão" (1938)
Os atores Leslie Howard and Wendy Hiller em "Pigmaleão" (1938) - Divulgação

LESLIE HOWARD, EM ‘PIGMALEÃO’ (1938)
O ator recebeu a Coppa Volpi em 1939 por sua interpretação nesta comédia baseada na peça de Bernard Shaw, que por sua vez se inspirou no mito do homem que se apaixona pela estátua que ele mesmo esculpiu. No longa, Howard é o professor de fonética Higgins, que aposta ser capaz de transformar uma simples florista, que fala um inglês repleto de erros, em uma dama. Ou seja, quer moldá-la, transformá-la na mulher perfeita a seus olhos. A escolhida é Eliza (Wendy Hiller). Ela recebe aulas de pronúncia e de boas maneiras, e é exibida por Higgins em uma recepção da alta classe de Londres, onde acaba por convencer a todos os convivas que é uma jovem de origem nobre. Além de interpretar um dos protagonistas, Howard dirigiu o longa. A história foi refilmada em ‘My Fair Lady’ (1964), com Audrey Hepburn como Eliza.

ONDE VER
Old Flix: grátis para assinantes

A atriz Madeleine Robinson no filme "Quem Matou Leda?" (1959), de Claude Chabrol
A atriz Madeleine Robinson no filme "Quem Matou Leda?" (1959), de Claude Chabrol - Divulgação

MADELEINE ROBINSON, EM ‘QUEM MATOU LEDA?’ (1959)
O Festival de Veneza de 1959 premiou Madeleine Robinson como melhor atriz por sua participação em ‘Quem Matou Leda?’, filme dirigido pelo mestre francês Claude Chabrol. No longa, Madeleine é Thérèse Marcoux, mulher de Henri, um produtor de vinho que mora com a família em uma bela propriedade na região de Aix-en-Provence, na França. A família não é perfeita. A filha do casal está noiva de um amigo de seu pai, interpretado por Jean-Paul Belmond, o filho assedia uma empregada, Henri tem uma amante, Leda, e Thérèse tenta manter as aparências. Quando o vinicultor decide deixar a família para viver com Leda, a amante é encontrada morta. O mistério se instaura, e cada integrante dos Marcoux se torna suspeito do assassinato. Este foi o primeiro longa em cores de Chabrol, indicado ao Leão de Ouro em 1959.

ONDE VER
Looke: grátis para assinantes. NetMovies: grátis

Os atores James Stewart e Kathryn Grant em"Anatomia de um Crime" (1959)
Os atores James Stewart e Kathryn Grant em "Anatomia de um Crime" (1959) - Divulgação

JAMES STEWART, EM ‘ANATOMIA DE UM CRIME’ (1959)
A Coppa Volpi para o melhor ator do Festival de Veneza de 1959 ficou com James Stewart, pelo filme de Otto Preminger. Na trama, Stewart é Paul Biegler, um ex-promotor de Justiça que trabalha como advogado. É nesta condição que ele aceita defender um homem acusado de matar o estuprador de sua mulher. Visto hoje, o longa está datado em vários aspectos, principalmente ao questionar a versão da vítima de estupro. No tribunal, discute-se a roupa que ela veste, se bebeu antes de ser atacada e se havia se insinuado para o agressor. É preciso considerar, no entanto, que o filme tem mais de 60 anos. Ou seja, vemos um recorte de como era a sociedade naquela época, embora esse tipo de questionamento ainda seja feito hoje em situações semelhantes. De qualquer forma, ver Stewart sempre vale a pena.

ONDE VER
HBO Max e Oi Play: grátis a assinantes. Apple TV: R$ 9,90 (al.) e R$ 29,90 (comp.)

O ator Pierre Fresnay em cena de "O Capelão das Galeras" (1947)
O ator Pierre Fresnay em cena de "O Capelão das Galeras" (1947) - Divulgação

PIERRE FRESNAY, EM ‘O CAPELÃO DAS GALERAS’ (1945)
Este drama francês deu ao ator Pierre Fresnay o prêmio de interpretação no Festival de Veneza de 1947. O longa mostra passagens da vida de são Vicente de Paulo, padre francês que ficou conhecido por seu trabalho de caridade na Idade Média e por fundar, ao lado de santa Luísa de Marillac, a congregação religiosa feminina Companhia Filhas da Caridade. Quando o filme começa, o religioso chega a uma cidade no interior francês. A peste ronda o local, as famílias estão trancadas em casa e não há ninguém nas ruas, um cenário muito semelhante ao que vivemos nesta pandemia. As casas dos doentes estão marcadas e ninguém quer ajudá-los. Vicente de Paulo estende a mão a uma família e passa a ajudar os pobres da localidade, atitude que se transformaria na semente de seu trabalho de caridade.

ONDE VER
Looke: grátis para assinantes. NetMovies: grátis

Hanuska Bertoia
Hanuska Bertoia

49 anos, é formada e pós-graduada em jornalismo. Gosta de ver filmes em qualquer plataforma (TV, celular, tablet), mas não dispensa uma sala de cinema tradicional.

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