As sucessivas tentativas de mudar as regras para aposentadorias, pensões e demais benefícios administrados pelo INSS criam insegurança e dúvidas em quem está na ativa, prestes a se aposentar ou não.
Desde o início de 2019, o volume de buscas de informações sobre aposentadorias subiu 29% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo levantamento da ferramenta Google Trends, que analisa os assuntos mais consultados por meio do buscador. O balanço foi feito a pedido do Agora, que responde às dúvidas e explica como funcionam as regras do INSS.
Algumas dessas pesquisas mostram a necessidade de mais informações sobre questões básicas, como o funcionamento do INSS e o significado de siglas bastante repetidas no noticiário sobre Previdência, como o Cnis e o PPP. O primeiro é o cadastro de contribuições dos trabalhadores, e o PPP é o formulário exigido pelo INSS para o reconhecimento dos direitos de quem trabalha exposto a agentes nocivos à saúde.
A primeira pergunta é essencial: “o que é INSS?” O levantamento também mostra uma frequência alta de dúvidas sobre as mudanças nas regras. A questão que mais aparece quando o tema é aposentadoria é: “O que muda com a reforma da Previdência?”.
Mesmo o trabalhador mais ligado às discussões de possíveis mudanças pode acabar confuso. A cada tentativa de alterar as regras, são muitas as versões, com idas e vindas, até o texto final e definitivo.
A proposta que está atualmente em discussão no Senado é a segunda a ser apresentada desde 2016, quando o presidente era Michel Temer (MDB).
Antes dele, Dilma Rousseff (PT) propôs regras mais duras para pensão por morte, e Lula (PT) tentou criar uma idade mínima para as aposentadorias. O fator previdenciário, redutor dos cálculos das aposentadorias por tempo de contribuição, foi criado na gestão Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
A PEC (proposta de emenda à Constituição) enviada por Jair Bolsonaro (PSL) cumpre uma promessa da equipe comandada por Paulo Guedes, o ministro da Economia (que absorveu o extinto ministério do Trabalho e Emprego, a secretaria de Previdência e o INSS, antes ligado ao Desenvolvimento Social).
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.