O fator previdenciário é um índice definido por meio de uma fórmula que considera a idade, o tempo de contribuição do segurado, a expectativa de vida da população e a expectativa de sobrevida.

Esse último é um indicador calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que estima por quantos anos o segurado receberá a aposentadoria, de acordo com sua idade.

O resultado dessa conta é multiplicado pela média salarial do segurado e, na maioria das vezes, reduz o valor. Quando foi criado, o propósito do fator previdenciário era atrasar os pedidos de aposentadoria, desestimulando os requerimentos devido à redução no valor.

O número de pedidos não caiu, mas o governo conseguiu economizar ao conceder aposentadorias menores.

Todos os anos, entre o fim de novembro e o início de dezembro, o IBGE divulga a atualização das tábuas de mortalidade, que incluem os dados de expectativa de sobrevida. Com essas informações, o INSS atualiza a tabela do fator. De um ano para o outro, com o aumento na expectativa de vida, o desconto no fator também sobe.

Com a reforma da Previdência, o fator praticamente deixará de ser aplicado. Ele ainda será usado nos cálculos de aposentadorias que caírem em uma das regras de transição previstas na proposta aprovada na Câmara e em discussão no Senado.

Os trabalhadores que tiverem a partir de 28 anos de contribuição, no caso das mulheres, e 33, no caso dos homens, poderão se aposentar antes da idade mínima, desde que contribuam por um tempo adicional equivalente a 50% do período que estiver faltando quando a nova regra começar a valer.