Atuando, produzindo ou dirigindo, pais e filhos compartilham o amor e a dedicação ao cinema. Confira onde ver esses encontros (os preços e a disponibilidade nos serviços de streaming foram pesquisados no dia 5 de julho).

PETER E JANE FONDA
O único encontro de pai e filha tão famosos no cinema aconteceu em “Num Lago Dourado” (1981), um filme sobre a velhice e as relações familiares. Jane comprou os direitos da peça de mesmo nome que havia estreado na Broadway em 1979 com muito sucesso e prêmios.

Além de Henry e Jane, o longa ainda tem Katharine Hepburn no elenco. Assim como “Num Lago” foi o primeiro e único encontro de pai e filha atores em um filme, este trabalho também foi o único em que Henry e Katharine, dois dos grandes nomes de Hollywood, atuaram juntos, e ambos foram premiados com o Oscar pelo filme em 1982.

Na cerimônia, Jane, que havia sido indicada a melhor atriz coadjuvante, recebeu a estatueta em nome do pai, que estava doente e morreria meses depois.

No longa, Henry e Katharine são dois idosos que recebem em sua casa no lago a filha e o novo namorado dela. A filha não tem uma boa relação com o pai, econômico nas demonstrações de afeto por ela. Jane disse que, durante uma tomada em que segurou inesperadamente a mão do pai, Henry começou a chorar e afastou a cabeça da câmera, envergonhado. A cena entrou no corte final do filme.

ONDE VER

NUM LAGO DOURADO (1981)
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JOHN E ANJELICA HUSTON
O primeiro encontro no cinema entre o pai, o diretor John Huston, autor de clássicos como “O Tesouro de Sierra Madre” e “Os Desajustados”, e a filha Anjelica aconteceu em 1969, em “Caminhando com o Amor e a Morte”. Foi a estreia dela, então com 18 anos.

Nos anos seguintes, Anjelica seguiu a carreira de modelo até que, na década de 1980 decidiu-se pela atuação. Pai e filha reencontraram-se, então, em “A Honra do Poderoso Prizzi” (1985), comédia sobre mafiosos com Jack Nicholson e Kathleen Turner nos papéis principais. Anjelica interpreta Maerose, filha de um gângster.

Pela personagem, recebeu o Oscar de melhor atriz coadjuvante em 1986. Ela também fez parte do elenco do último filme de Huston, “Os Vivos e os Mortos” (1987). Essas experiências não foram as primeiras de Huston com familiares. Ele havia dirigido o pai, o ator Walter Huston, em “O Tesouro”.

ONDE VER

A HONRA DO PODEROSO PRIZZI (1985)
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FERNANDO E FERNANDA TORRES
Pai e filha de uma das mais talentosas famílias do país estiveram juntos em dois filmes. No clássico “Inocência”(1983), de Walter Lima Jr., não chegaram a dividir a cena. Em sua estreia no cinema, aos 18 anos, Fernanda é a personagem título, uma jovem que vive uma história de amor com um médico, interpretado por Edson Celulari, no Brasil do século 19. Fernando é o padrinho da garota. Em 2004, foram dirigidos por Cláudio Torres, filho de Fernando e irmão de Fernanda, em “Redentor”. A participação da família não parou por aí. No elenco também estava Fernanda Montenegro.

ONDE VER

INOCÊNCIA (1983)
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REDENTOR (2004)
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ANTONIO E CAMILA PITANGA
Em 2017, Camila Pitanga e o diretor Beto Brant lançaram “Pitanga”, documentário sobre o pai da atriz, Antonio Pitanga, um dos principais atores do cinema brasileiro. Ele surgiu nas telas em “Bahia de Todos os Santos” (1960), ainda como Antonio Luis Sampaio. O Pitanga do sobrenome veio do personagem que interpretava no filme. Em sua carreira estão filmes como “O Pagador de Promessas”, “Os Fuzis” e obras do Cinema Novo. Camila herdou o sobrenome e o talento. Estiveram juntos nos filmes “Quilombo” (1984), de Cacá Diegues, quando Camila ainda era criança, e “Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios” (2011), de Brant.

ONDE VER

PITANGA (2017)
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EU RECEBERIA AS PIORES NOTÍCIAS DOS SEUS LINDOS LÁBIOS (2011)
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CHARLES E GERALDINE CHAPLIN
A atriz Geraldine Chaplin queria ser bailarina profissional. Filha do ator e diretor Charles Chaplin, fez pequenas participações em filmes do pai, e só decidiu ser atriz anos depois, abraçando uma carreira que mantém até hoje, aos 77 anos. A primeira “colaboração” entre pai e filha aconteceu no clássico “Luzes da Ribalta” (1952), em que ela e seus irmãos contracenam com Chaplin no início do filme. O segundo e último encontro deles nas telas foi em “A Condessa de Hong Kong” (1967), o filme final de Chaplin. A esta altura, Geraldine havia estrelado “Doutor Jivago” (1965). Em “A Condessa”, ela faz uma ponta, como uma jovem em um baile.

ONDE VER
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LUIZ CARLOS, BRUNO E FÁBIO BARRETO
O produtor Luiz Carlos Barreto, o Barretão, um dos principais do país, com certeza transmitiu a dedicação ao cinema aos filhos Bruno e Fábio, que morreu em 2019. Diretores, eles tiveram muitos de seus longas produzidos pelo pai. Entre eles estão “Dona Flor e Seus Dois Maridos” (1976) e “O Que é Isso, Companheiro?” (1997), indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro, ambos dirigidos por Bruno. De Fábio, Barretão produziu “O Quatrilho” (1995), que também teve uma indicação ao Oscar, e “O Rei do Rio” (1985), por exemplo. A última colaboração entre pai e filhos, no caso Fábio, aconteceu em 2003, na produção do filme “A Paixão de Jacobina”.

ONDE VER

DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS (1976)
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O QUATRILHO (1995)
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O QUE É ISSO COMPANHEIRO (1997)
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PHILIPPE, ESTHER E LOUIS GARREL
A família Garrel faz parte do cinema francês. Primeiro, com o ator Maurice Garrel, morto em 2011. Depois com Phillipe, seu filho, diretor e roteirista de cinema. E, por fim, com os filhos de Philippe: os atores Esther e Louis, que despontou em “Os Sonhadores”, de Bernardo Bertolucci (2003). Avô e netos atuaram, juntos ou não, em filmes de Philippe, como “Um Verão Escaldante” (2011), “Ciúme” (2013) e “Amantes Constantes”(2005). A parceria mais frequente acontece entre Philippe e Louis. Juntos, eles já realizaram seis longas. O filho, por sinal, já segue os passos de Philippe atrás das câmeras. Além de atuar, esteve na direção de seis longas.

ONDE VER

UM VERÃO ESCALDANTE (2011)
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O CIÚME (2013)
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