O novo cacique tucano
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A convenção nacional do PSDB, realizada na sexta-feira (31), serviu para eleger um novo presidente e mostrar que o governador de São Paulo, João Doria, é hoje o novo cacique tucano.
O vexame do ex-governador Geraldo Alckmin na corrida presidencial do ano passado e a vitória de Doria na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes selaram uma nova fase na vida do partido --que foi punido pelo eleitorado e saiu das urnas menor do que entrou.
O PSDB ficou associado aos maus hábitos da política brasileira. Pagou o preço, por exemplo, de não ter afastado líderes envolvidos em escândalos, caso do mineiro e ex-presidenciável Aécio Neves.
Doria percebeu para onde os ventos sopravam na campanha e tratou de se aproximar dos eleitores do então presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). Deu certo.
A próxima meta é a conquista do Palácio do Planalto em 2022. Por isso, o governador agora trata de se diferenciar do presidente. Montou um secretariado com nomes de peso e procura manter boa relação com os partidos aliados.
Não é à toa que na convenção tucana estava gente importante como o ex-senador Romero Jucá (RR), presidente do MDB, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
O comando do PSDB ficou com o ex-deputado federal e ex-ministro das Cidades Bruno Araújo (PE), de 47 anos, como queria Doria. Os dois agora tentam se entender com a velha guarda do partido.
Resta saber se nos próximos anos o governador vai conseguir resultados em educação, saúde, segurança e obras. Até agora, ele mostrou mais a sua ambição política: na prefeitura da capital, onde havia prometido cumprir o mandato todo, não teve tempo de fazer muita coisa.